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Olhar Olímpico

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São Paulo de Marquinhos, Caboclo e Shamell é campeão das Américas

Equipe de basquete do São Paulo está na final da Champions Américas - Divulgação/Fiba Américas
Equipe de basquete do São Paulo está na final da Champions Américas Imagem: Divulgação/Fiba Américas

09/04/2022 20h51

O São Paulo tem o melhor time de basquete ao sul dos Estados Unidos. A equipe tricolor conquistou neste sábado (9) o título continental mais desejado das Américas, o da Basketball Champions League Américas (BCL Américas), que é equivalente à Libertadores na modalidade e reúne clubes de quase todos os países das Américas, com exceção de EUA e Canadá. Campeão invicto, terá o direito de disputar o Intercontinental.

A taça veio diante de um público muito discreto na Arena Carioca 1, onde o time de Marquinhos, Bruno Caboclo e Lucas Bebê, todos ex-NBA, venceu o Biguá, do Uruguai, pelo placar de 98 a 84. O destaque da partida foi Caboclo, que voltou ao Brasil depois de quase uma década no exterior para ser o grande nome do São Paulo na conquista. Hoje ele fez 29 pontos, contra 16 de Elinho e do são-paulino Marquinhos e 17 de Bennet.

Apesar de ter feito a melhor campanha da fase de classificação, com seis vitórias em seis jogos e média de mais de 90 pontos por partida, o São Paulo não foi contemplado com o direito de sediar a fase final da competição. A Fiba Américas optou por beneficiar o Flamengo, que ofereceu o Maracanãzinho. O ginásio, depois, foi alterado para a Arena Carioca 1, na Barra, para não haver conflito hoje com a torcida do Fluminense, que joga no Maracanã no Brasileirão.

O Fla, porém, foi eliminado nas quartas de final pelo Minas, que depois viria a ser atropelado pelo São Paulo na semifinal. Para o Tricolor, foi a chance de se vingar da derrota para o Minas na final do Super 8 deste ano (um torneio entre os oito melhores do primeiro turno do NBB). A equipe paulistana, aliás, vinha com uma sina de vice-campeonatos, tendo perdido para o Flamengo na final do Super 8 e do NBB na temporada passada.

Com um projeto iniciado em 2018, o São Paulo logo chegou à elite do basquete nacional, investindo em equipes fortes como a da temporada passada, que tinha Georginho e Lucas Mariano. Os dois saíram, mas chegaram Caboclo, Elinho e Marquinhos, principalmente, para levar o time ao título paulista.

Após a conquista da taça, o veterano Cláudio Mortari se aposentou, deixando como técnico seu filho, Bruno Mortari, que se tornou campeão continental em menos de um ano no cargo. O elenco que faturou o título hoje tem ainda Bennet, Shamell, Isaac, Tyrone e Coelho participando regularmente da rotação — Shamell, aliás, estava machucado hoje, mas entrou nos segundos finais para deixar seu nome na história segurando a bola no estouro do cronômetro.

Esta é a terceira edição da BCL Américas, e o São Paulo é o segundo brasileiro campeão, depois de o Flamengo levar o título ano passado. Antes, na Liga das Américas, o Brasília ganhou em 2009, o Pinheiros em 2013, o Flamengo em 2014 e o Bauru em 2015.