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Guilherme 'Cachorrão' é bronze na primeira prova do Mundial de Natação

Guilherme Costa foi um dos brasileiros nas disputas de natação das Olimpíadas de Tóquio - Jonne Roriz/Jonne Roriz/COB
Guilherme Costa foi um dos brasileiros nas disputas de natação das Olimpíadas de Tóquio Imagem: Jonne Roriz/Jonne Roriz/COB

18/06/2022 13h11

O Mundial de Esportes Aquáticos mal começou em Budapeste, na Hungria, e o Brasil já tem uma medalha. Logo na primeira final da natação, neste sábado (18), Guilherme Costa, o Cachorrão, faturou a medalha de bronze nos 400m livre, primeiro pódio dele em um evento deste nível.

"Acho que eu acertei na prova. Deveria ter passado um pouco mais forte, não deu, mas eu sabia que tinha que crescer muito na parte final da prova, é meu forte", disse ele, em entrevista ao SporTV, no final da prova.

Guilherme havia se classificado para a final com o terceiro melhor tempo das eliminatórias e novo recorde sul-americano: 3min44s52. Ele sabia que precisava melhorar pelo menos um segundo para brigar por pódio, e foi isso que ele conseguiu na final.

O nadador da Unisanta, clube de Santos, formado no Rio de Janeiro, marcou 3min43s31, melhorando em mais de um segundo seu recorde sul-americano, e batendo em terceiro, atrás de Elijah Winnignton, da Austrália, que fez a prova em 3min41s22, e de Lukas Martens, da Alemanha, prata com 3min42s35.

O resultado é ótimo não considerando apenas este Mundial em específico, desfalcado de vários atletas por causa da Covid e da suspensão à Rússia, mas de forma geral. Com a marca que fez na final. Cachorrão teria sido campeão olímpico em Tóquio, onde ele foi 11º colocado, eliminado na primeira fase. No Rio, com esse tempo ele teria sido bronze.

Mais Mundial

Na segunda prova da etapa, outro bom resultado para a natação brasileira. Giovanna Diamante não conseguiu vaga para a final dos 100m borboleta, mas por apenas 0s03, terminando a competição no décimo lugar, com 57s94. Se tivesse repetido o 57s87 das eliminatórias, avançaria à disputa pela medalha.

A marca feita por Giovanna pela manhã é a quarta melhor da história do país, mas a melhor feita sem trajes tecnológicos — à frente dela, dois resultados de Gabriela Silva e um de Daynara de Paula, todos no Mundial de 2009. A da tarde, é a sexta melhor de uma brasileira, também atrás do que Daynara de Paula fez para avançar à semifinal olímpica de 2016.

Giovanna depois voltou à água para um resultado histórico nos 4x100m livre. Na melhor participação de um revezamento feminino do Brasil na história dos Mundiais, o país ficou em sexto, com 3min38s10, um resultado melhor que do time masculino, que foi sétimo na final dos homens.

A equipe foi formada por Ana Carolina Vieira (54s78), Stephanie Balduccini (53s97), Giovana Diamante (54s09) e Giovana Medeiros (55s26). Em sexto, o Brasil ficou à frente de países tradicionais como Holanda e Hungria, ainda que tenha terminado a seis segundos de uma medalha. Nas Olimpíadas de Tóquio, essa marca valeria o 11º lugar das eliminatórias, fora da final.

Nos 50m borboleta, Nicholas Santos, segundo do ranking mundial, sofreu para avançar à final, depois de também passar para a semifinal raspando. Medalhista dos últimos três Mundiais, melhorando três vezes o recorde de atleta mais velho a subir ao pódio de um Mundial de Natação, o brasileiro de 42 anos fez 23s04 nas semifinais e vai nadar a final, amanhã, na raia 8. Há menos de um mês, Nicholas fez 22s83 no Mare Nostrum, em Montecarlo.

No 4x100m livre masculino, o Brasil, que foi medalhista de prata no Mundial de 2017, nesta mesma Duna Arena, desta vez passou longe do pódio, terminando em sétimo. A equipe brasileira fez 3min12s21, contra 3min10s95 da Itália, terceira colocada.

Dos quatro brasileiros, só dois nadaram para 47 segundos: Marcelo Chierighini, na segunda perna, com 47s77, e Vinicius Assumpção, fechando com 47s63 Gabriel Santos abriu para 48s63 e Felipe Ribeiro marcou 48s18. A boa notícia é que a marca é a melhor da equipe desde o Mundial de 2019.