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Darlan Romani bate na trave e fica em quinto no Mundial de Atletismo
Darlan Romani voltou a bater na trave em uma grande competição ao ar livre. Atual campeão mundial indoor, o brasileiro ficou na quinta colocação no Mundial de Atletismo, no Oregon, nos Estados Unidos, neste domingo (17), em prova de arremesso do peso marcada por disputa histórica entre dois atletas da casa: Ryan Crouser e Joe Kovacs.
A briga do brasileiro era um patamar abaixo, pelo bronze. O surpreendente Josh Awotunde, também dos Estados Unidos, abriu a final com 22,29m e jogou pressão sobre Darlan, que começou com 21,69m, melhorou duas vezes para 21,90m e 21,92m, mas não conseguiu ganhar uma posição no pódio. Acabou ultrapassado também por Tom Walsh, da Nova Zelândia, que terminou em quarto.
Para alcançar o bronze, Darlan teria que fazer no mínimo a quarta melhor apresentação da vida, repetindo resultados que, ao ar livre, ele só alcançou na temporada de 2019, dois anos atrás. O brasileiro, porém, foi campeão mundial indoor com 22,53m este ano. Com essa marca, seria bronze. "Não era uma marca difícil de fazer", disse ele, decepcionado, ao SporTV, após a prova.
Esta é a quarta vez que Darlan termina uma competição importante outdoor (mais importantes no calendário internacional) entre os cinco primeiros, sem conquistar medalha. Ele foi quinto na Rio-2016, quarto em Tóquio-2020 e quarto no Mundial de 2019.
O ouro ficou com Crouser, dono de sete das 10 melhores marcas de todos os tempos, que conquistou, enfim, seu primeiro título mundial. Se em 2019 ele perdeu o ouro para Kovacs por um centímetro, no último arremesso, desta vez ele viu o maior rival assumir a liderança na última apresentação, com 22,89m, mas logo assumiu a ponta, com 22,94m, novo recorde do campeonato.
Piu na final
Pouco antes, um resultado bom e dois ruins para o Brasil. Forte candidato a medalha nos 400m com barreiras, Alison dos Santos novamente sobrou, desta vez na semifinal. Assim como nas eliminatórias, ontem, ele poupou energia e mesmo assim venceu sua série, com o tempo de 47s85, relaxando no fim.
A final, na terça-feira, terá três favoritos, exatamente como foi em Tóquio. Ouro olímpico e recordista mundial, o norueguês Karsten Warholm venceu a terceira bateria, com 48s00, enquanto o norte-americano Rai Benjamin, se poupando, fez 48s44 na primeira bateria.
Na outra prova de barreiras, de 110m, o Brasil não teve o desempenho esperado. Sétimo do ranking mundial, Rafael Pereira fez uma apresentação pior do que vinha mostrando no ano e não conseguiu vaga na final. Com 13s46, foi quarto na série e 17º na semifinal como um todo. Se tivesse repetido o tempo de 13s23 das eliminatórias, teria avançado à final.
Eduardo de Deus também ficou pelo caminho, na última posição da série dele e no 21º lugar geral. No caso dele, era necessário fazer o melhor tempo da carreira para ir à final.
Se tivesse avançado à final, Rafael teria um caminho mais curto até o pódio. Hansle PArchment, da Jamaica, se machucou no aquecimento e Devon Allen, astro da Universidade do Oregon que vai para a NFL ainda este mês, queimou largada e foi eliminado. Com apenas seis competidores na final, o bronze foi para Asier Martínez, da Espanha, que fez 13s17, marca que Rafael correu no Troféu Brasil. O ouro ficou com o favorito Grant Holloway, dos EUA.
Na etapa da manhã em Eugene (da tarde no Brasil), Tabata Vitorino pegou a 23ª e penúltima vaga na semifinal dos 400m rasos, com o tempo de 52s17. Ela volta a correr na quarta à noite, mas precisará evoluir muito em comparação ao seu melhor resultado da carreira para ir à final. Na prova masculina, Lucas Carvalho ficou em um modesto 38º lugar geral, a um segundo e meio da final.
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