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Grande evento do governo em 2021, Jogos Escolares sumiram em 2022
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Ainda era janeiro de 2021 quando o governo federal anunciou o primeiro "embaixador" dos Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs), que viriam a acontecer em novembro daquele ano. Ao longo de meses foram dezenas de novos nomes, para esquentar a realização da "principal competição escolar do país", conforme o governo insistia em chamar.
Um ano depois, nem sinal, até aqui, da realização do JEBs em 2022. Extraoficialmente, a competição deve acontecer, de novo em novembro, de novo no Rio de Janeiro, depois da desmobilização do Rock in Rio. Mas não há nenhuma informação a respeito no site do evento, no site da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE), nada.
O descaso com a competição por parte do governo federal mostra que a "recriação" dos JEBs, no ano passado, foi uma estratégia de marketing da Secretaria do Esporte. Se Bolsonaro se reeleger, o evento continua existindo, organizado pela CBDE e com recursos repassados pela União a entidades como o desconhecido Instituto Carioca de Atividades, que foi quem recebeu R$ 11,3 milhões para o torneio acontecer em 2021.
Em todo material de divulgação do evento do ano passado, inclusive em postagens do presidente da República, o governo vendeu a ideia de que permitia ao Brasil voltar a ter uma grande competição escolar. Mas a verdade é que esse evento nunca deixou de existir, exceto pela pandemia, como está claro com a realização dos Jogos da Juventude pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
A edição de 2022 está sendo realizada em Aracaju (SE), com a participação de mais de 4 mil atletas, agora só de ensino médio (15 a 17 anos), depois de um hiato de dois anos por causa da pandemia. Diferentemente do JEBs, que depende de financiamento do governo para uma ONG desconhecida, o evento do COB tem fonte permanente de financiamento, com recursos da Lei Agnelo/Piva. Já estão confirmadas as sedes de 2023 (Ribeirão Preto) e 2024 (Blumenau).
Do ponto de vista de política pública, me parece claro que a melhor opção seria ampliar o apoio ao COB, que já vem fazendo ótimo trabalho na função de organizador de um grande evento escolar. Mas o governo insiste na opção "free style", de bancar, com o dinheiro que tem, quando tem, um evento organizado por uma entidade (CBDE), mas financiado por meio de repasses a outra (em 2021, o tal Instituto Carioca de Atividades).
Isso não está posto como promessa de campanha, mas a tendência é que, se Bolsonaro conseguir a reeleição, os JEBs da CBDE passem a ter também uma competição para alunos de ensino médio, voltando a concorrer com o evento do COB. Nesse sentido, Bolsonaro já sancionou decreto autorizando a CBDE a indicar esportistas para o Bolsa Atleta, o que antes era uma atribuição só das confederações olímpicas e paralímpicas de cada modalidade.
Como contou o Olhar Olímpico em fevereiro, os JEBs do ano passado não foram elegíveis para o Bolsa Atleta, algo que os esportistas só ficaram sabendo quando não conseguiram fazer a inscrição no pleito deste ano. Mas se os JEBs forem mesmo realizados de novo este ano, seus participantes estarão elegíveis para o Bolsa Atleta.
Manoel Messias assume a 5ª posição do ranking olímpico do triatlo
Manoel Messias, brasileiro de 26 anos, acordou hoje (5) como quinto colocado do ranking olímpico do triatlo. No sábado, ele venceu a etapa de Valência (Espanha) da Copa do Mundo, um evento de segundo escalão do circuito mundial, mas que contou com a presença de nomes importantes, como o tricampeão mundial Mario Mola, espanhol que ficou em segundo lugar.
Não que os triatletas brasileiros tenham passado a frequentar a lista de favoritos a medalhas em grandes eventos, mas os bons resultados no circuito têm sido mais comuns, o que abre a expectativa para que se repitam boas participações em Mundiais e Olimpíadas em um futuro próximo, o que não vinha acontecendo na maior parte da década passada.
Miguel Hidalgo este ano já foi 6º na World Series de Leeds (Inglaterra) e terceiro na Copa do Mundo de Huatulco (México), e aparece no 14º lugar do ranking olímpico. No feminino, Djenyfer Arnold foi nona colocada no Mundial de Montreal, em junho, que ainda não valia para a corrida olímpica.
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