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Puxado por Rebeca, Brasil avança em 3º e sonha com vaga olímpica
Três anos depois de não conseguir a classificação por equipes para os Jogos Olímpicos de Tóquio, terminando o Mundial em uma modesta 14ª colocação, o Brasil tem grande chance de se garantir em Paris-2024 já na próxima terça-feira (1). Neste domingo, o Brasil fechou em terceiro lugar a fase de classificação do Mundial de Liverpool, na Inglaterra, e mostrou que é favorito a um lugar no pódio da competição e de, consequentemente, ficar com uma vaga olímpica.
O resultado veio apesar de falhas significativas de Rebeca Andrade, que teve desequilíbrios em suas séries no solo e na trave, e de Flávia Saraiva, que caiu da trave em sua apresentação. Mesmo assim, só os EUA, com 167,2 pontos, e Grã-Bretanha, com 164,029, terminaram na frente do Brasil, que fez 163,5.
A Itália, que se apresentou depois do Brasil, chegou perto, com 162,7, mas a Grã-Bretanha, na última subdivisão e competindo em casa, deixou as brasileiras para trás por pouco. Também devem brigar pela vaga olímpica o Japão (162,5), a China (162,0) e a França (161,4). O Canadá também disputa a final, mas corre por fora.
Pesa a favor do Brasil o fato de as regras da final, diferentes da classificação, não fazerem grande diferença para o time brasileiro. Na classificação, quatro ginastas de cada equipe se apresentam por aparelho, e valem as três melhores notas. Países com equipes homogêneas têm vantagem nesse modelo. No caso das brasileiras, a nota da quarta melhor da equipe é sempre mais baixa e não fará falta na final.
No total, o Brasil vai disputar sete finais no Mundial, duas e menos do que o esperado. No individual geral, Rebeca Andrade sobrou, com 57,332 pontos, contra 55,766 de Shilese Jones, dos Estados Unidos, que ficou em segundo. Flávia Saraiva terminou em décimo, também classificada à final, com 54,133 pontos, exatamente um a menos do que a terceira colocada, Jade Carey, dos EUA. Se não tivesse caído da trave, teria ficado em terceiro.
Flávia e Rebeca também estarão na final do solo, depois de tirarem a melhor nota da fase de classificação. Ambas somaram 14,200. Nas assimétricas, Rebeca passou em terceiro. E, na trave, ela ficou em oitavo, pegando a sétima vaga na final, porque três japonesas ficaram à sua frente e cada país só pode ter duas atletas por final.
A má notícia da classificação é que Rebeca falhou feio no segundo salto da fase de classificação, tirou a pior nota da competição, fazendo um salto simples só para não trombar com a mesa, e não avançou à final do salto. Ela é a atual campeã mundial e olímpica.
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