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Flávia Saraiva sente o tornozelo e vaga olímpica da ginástica fica em risco
Terceiro colocada na fase de classificação do Mundial de Ginástica Artística de Liverpool, na Inglaterra, a equipe brasileira feminina pode conseguir desde já a vaga olímpica para Paris-2024 se repetir o desempenho e ficar entre as três primeiras colocadas da final por equipes, amanhã (1). Mas há um empecilho: Flávia Saraiva sentiu o tornozelo direito operado no fim do ano passado e é dúvida para o restante do Mundial.
De acordo com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Flavinha sentiu dores em uma das chegadas de sua apresentação no solo, que foi o segundo aparelho pelo qual a equipe brasileira passou na rotação de ontem. De lá, o Brasil foi para o salto sobre a mesa, onde a dor se tornou mais aguda.
"Para evitar riscos, a equipe orientou Flávia a executar uma saída com menor grau de dificuldade das paralelas assimétricas", explicou a confederação. Isso fez com que ela alcançasse uma nota menor do que a esperada no aparelho.
Ainda segundo a CBG, Flávia foi avaliada pela equipe médica depois da competição e "segue em tratamento intensivo visando à melhor recuperação". Ao final do dia de hoje (segunda), ela será reavaliada.
O problema é o mesmo que acometeu Flávia nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado, ainda que a lesão não seja a mesma. Na ocasião, ela também sentiu dores no tornozelo na trave na fase de classificação. Naquela oportunidade, a comissão técnica optou por poupá-la no salto, saindo da disputa de uma vaga na final do individual geral.
O objetivo era que Flávia se recuperasse a tempo da final da trave, nove dias depois. A ginasta conseguiu se apresentar na decisão, mesmo sem estar 100%, e terminou no sétimo lugar. Depois da Olimpíada, precisou passar por cirurgia.
Desta vez as metas são diferentes. Flávia passou em primeiro para a final do solo, e pode conquistar sua primeira medalha em Campeonato Mundial. Mas o tempo de recuperação é menor, apenas sete dias, uma vez que a final é domingo (6). Além disso, o Brasil tem chance real de conquistar desde já uma vaga em Paris, se for ao pódio por equipes, em prova que acontece já amanhã.
O problema é que, para isso, o Brasil depende de uma boa apresentação de Flávia. Sem ela, o país não tem nenhuma chance. Considerando as notas descartadas na classificação (quando quatro se apresentaram por aparelho, com as três melhores notas valendo), o Brasil perderia mais de 4 pontos em Flávia. E isso significaria nem avançar à final.
Se Flávia conseguir competir mesmo sem estar 100%, a equipe ficaria mais dependente de Rebeca Andrade para ir ao pódio e conseguir vaga olímpica. Mas, para isso, em tese, seria necessário Rebeca fazer uma apresentação perfeita, o que não aconteceu na classificação, quando teve falhas no solo e na trave — mesmo assim, ela ficou em primeiro, de longe, no individual geral.
A comissão técnica, porém, vem adotando o discurso de que a vaga olímpica agora seria um bônus, mas não faz parte do planejamento. Tanto que Jade Barbosa nem foi escalada para este Mundial, pensando no do ano que vem, que vai distribuir outras nove vagas. Como a coluna contou na semana passada, os técnicos entendem que não vale a pena arriscar demais agora e correr risco de, no ano que vem, não estar com a equipe inteira.
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