Topo

Olhar Olímpico

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Rebeca Andrade volta a ter 'arranca rabo' com barra e fica sem medalha

Rebeca Andrade nas assimétricas - Ricardo Bufolin/CBG
Rebeca Andrade nas assimétricas Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

05/11/2022 13h30

Medalhista de prata nas barras assimétricas no Mundial do ano passado, Rebeca Andrade desta vez ficou sem medalha no seu aparelho preferido. Favorita ao pódio na final da barra, ela voltou a perder uma ligação, repetindo erro da final do individual geral, teve que reiniciar a apresentação, e terminou longe da disputa pelas três primeiras colocações.

Na quinta, quando ganhou o individual geral, prova que soma as notas de apresentações nos quatro aparelhos, Rebeca também errou nas assimétricas. Na ocasião, definiu o problema como um "arranca-rabo" com a barra. Mas, daquela vez, ela conseguiu consertar a apresentação sem precisar voltar ao solo.

Na final deste sábado, porém, a correção não foi possível — e, de qualquer forma, o simples erro já a tiraria da briga por medalha. Rebeca largou a barra, retomou a série, e foi bem no restante da apresentação. Recebeu nota 12,800, muito pior do que está acostumada.

A brasileira havia se classificado para a final com nota 14,666 e, na final por equipes, praticamente repetiu o resultado, com 14,633. Devido a essas duas apresentações, ele chegou à decisão deste sábado como favorita ao pódio junto com a chinesa Xiaoyung Wei e da estrela belga Nina Derwael, campeã mundial em 2018, 2019 e nos Jogos Olímpicos de 2020.

Como Rebeca foi a primeira a se apresentar na final, ela ficou esperando as rivais para conhecer sua posição final, que acabou sendo mesmo o oitavo e último entre as finalistas. Wei repetiu o ouro do ano passado, Nina terminou em terceiro, e a prata ficou para a norte-americana Shilese Jones.

Rebeca chegou a esse Mundial com expectativa de quatro medalhas individuais. Ela venceu o individual geral com ampla folga, como esperado, mas nem foi à final do salto, aparelho em que é, de longe, a melhor do mundo. Isso porque, nas eliminatórias, ela errou a entrada da segunda apresentação (neste aparelho vale a média de duas séries, que precisam ser diferentes) e não conseguiu realizar um salto competitivo. Sem ela, o ouro foi para Jade Carey, dos EUA.

Amanhã, Rebeca disputa outras duas finais, na trave (às 11h11 de Brasília) e no solo (às 13h08h). No primeiro aparelho ela é azarã, depois de se classificar em oitavo à final. No solo, porém, é favorita. Avançou à final em segundo, com a mesma nota de Flávia Saraiva, 14,200, e depois conseguiu 14,400 na final do individual geral. Também amanhã, Caio Souza compete na final do salto, às 10h30 de Brasília, e Arthur Nory está na final da barra fixa, programada para as 13h53.