Topo

Olhar Olímpico

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Americana que superou Rebeca em Tóquio anuncia volta à ginástica 'olímpica'

Sunisa Lee exibe orgulhosa a medalha de ouro conquistada no individual geral - Laurence Griffiths/Getty Images
Sunisa Lee exibe orgulhosa a medalha de ouro conquistada no individual geral Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images

16/11/2022 20h02

Atual campeã olímpica do individual geral, Sunisa Lee anunciou por meio das suas redes sociais que vai voltar a se dedicar à ginástica artística "olímpica". Com isso, a norte-americana deve voltar a rivalizar com a brasileira Rebeca Andrade, que venceu com sobras o Campeonato Mundial em Liverpool, este mês.

Lee, de 19 anos, não participa de competições oficiais de ginástica artística — aquelas sob o guarda-chuva da Federação Internacional de Ginástica (FIG) — desde os Jogos de Tóquio, quando ganhou ouro no individual geral e bronze nas barras assimétricas, além da prata por equipes.

Depois disso, ela passou a se dedicar ao sistema universitário dos Estados Unidos, competindo pela universidade de Auburn, a mesma onde estudou, entre outros, Cesar Cielo. Na ginástica, as regras da NCAA são muito discrepantes das aplicadas no sistema olímpico, dando maior valor à parte artística. O sistema de notas também é diferente (os '10' são comuns) e a intensidade de treinamento é incompatível com o exigido em nível olímpico — existe um limite de carga horária imposto pela NCAA.

Em sua primeira temporada na NCAA, Lee foi vice-campeã nacional no individual geral e ouro nas assimétricas. Em anúncio feito pelo Instagram, ontem, disse que vai competir mais esta temporada, que vai de fevereiro a abril, e depois vai deixar de ser elegível para competir por Auburn, o que não significa que vá parar de estudar lá. Tudo para se dedicar a defender o ouro olímpico em Paris.

"Como um atleta que competiu no mais alto nível, no maior palco do mundo, tive a sorte de experimentar a sensação única na vida e a emoção indescritível de ter uma medalha de ouro pendurada em seu pescoço. Mas eu não quero que seja apenas uma vez na vida", disse ela.