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Skate brasileiro ganha três medalhas no Mundial e segue no topo

Augusto Akio, o Japinha, e Pedro Barros: prata e bronze no Mundial de skate park - Julio Detefon/CBSk
Augusto Akio, o Japinha, e Pedro Barros: prata e bronze no Mundial de skate park Imagem: Julio Detefon/CBSk

Colunista do UOL

13/02/2023 13h00

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Havia, e ainda há, uma preocupação sobre a capacidade do Brasil em continuar como protagonista do skate mundial após a estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos. Mas no momento em que o sarrafo sobe e mais gente investe na formação de atletas, o skate brasileiro segue no topo.

Nas últimas duas semanas foram disputados dois Campeonatos Mundiais em uma mesma sede, Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. Ali, o Brasil ganhou três medalhas, uma de cada cor, e chegou com outros três atletas a finais. Liderou o quadro de medalhas e manteve o nível do que o país conquistava antes do skate bombar em Tóquio-2020.

Encerrado ontem (12), o Mundial de Park teve dois brasileiros no pódio masculino. O sempre constante Pedro Barros, que, com o bronze, conquistou sua quinta medalha em seis grandes competições do skate olímpico — quatro em Mundiais e uma nas Olimpíadas.

O novato Augusto Akio, o Japinha, faturou uma empolgante medalha de prata. Tudo bem que as paredes altas ajudam quem vem do halfpipe, como ele, que foi bronze no Mundial de Vert no ano passado. Mas Japinha andou muito bem o fim de semana todo, destravando manobras novas. Foi terceiro nas quartas de final, o melhor da semi, e segundo colocado da final, só atrás do norte-americano Jagger Eaton, um fenômeno do esporte.

É a segunda vez que o Brasil faz uma dobradinha na prova, repetindo 2019, quando, em São Paulo, Luiz Francisco foi prata e Pedro Quintas, bronze. É muito raro, na história do esporte brasileiro, qualquer momento em que o país tenha quatro atletas contemporâneos neste nível. Em Sharjah, Quintas foi 20º e Luizinho só não brigou por pódio porque operou o joelho.

Ainda é cedo para dizer quem estará em Paris, diante da falta de calendário e do risco constante de lesões. Mas com Luizinho entrando na briga e Gui Khury em evolução, é grande a chance de serem três atletas brigando por medalha nas Olimpíadas de Paris, no ano que vem.

É um cenário ainda melhor do que do street feminino. Nesta prova, Rayssa Leal hoje parece ser a melhor do mundo (tanto que ganhou o Mundial), mas terá disputa duríssima até Paris. Pâmela Rosa e Gabi Mazetto fizeram finais no Mundial, mas não brigaram diretamente por pódio, com o atenuante de que Pâmela voltava de lesão.

Prata em Tóquio, Kelvin Hoefler também não teve chance reais de pódio no Mundial, mas terminou a competição de street em quarto. Ele segue sendo o melhor do país, mas Lucas Rabelo, vice da SLS em 2021 e que passou por cirurgia de LCA no ano passado, promete entrar nessa briga.

O ponto fraco do skate brasileiro segue sendo o park feminino, único em que o país não chegou ao pódio no Mundial. Mas Yndiara Asp ficou em nono e Raicca Ventura, em seu primeiro campeonato internacional, terminou em 11º. As duas têm potencial para estarem entre as finalistas em Paris.

Com três medalhas, o Brasil teve menos pódios do que o Japão (quatro), mas ficou à frente no quadro de medalhas por ter uma dourada, ante uma prata e três bronzes dos japoneses. EUA (ouro de Eaton), Grã-Bretanha (ouro de Sky Brown), França (ouro de Giraud), Portugal (prata de Gustavo Ribeiro) e Austrália (prata de Chloe Covell) tiveram um pódio cada. Em finais, o Brasil, com seis, ficou atrás de EUA (dez) e Japão (oito).

Nathalie Moellhausen conquista segundo título no Circuito Mundial

Nathalie Moellhausen, campeã da Copa do Mundo de espada, em Barcelona - Augusto Bizzi/Divulgação/COB - Augusto Bizzi/Divulgação/COB
Nathalie Moellhausen, campeã da Copa do Mundo de espada, em Barcelona
Imagem: Augusto Bizzi/Divulgação/COB

Dois torneios do circuito mundial e dois títulos. Nathalie Moellhausen está melhor do que nunca. Campeã mundial de esgrima em 2019, ela venceu no sábado (11) a Copa do Mundo de espada de Barcelona (Espanha) e repetiu a conquista do Grand Prix de Doha, duas semanas atrás.

A espada feminina tem um cenário de muito equilíbrio internacionalmente, e nunca a brasileira havia se destacado assim. No ano em que foi campeã mundial, terminou em 73º e em 22º os mesmos torneios em Doha e Barcelona. No ano passado, foi 36ª e 39º nestas competições.

É uma evolução impressionante e um desempenho em temporada que não combina com o histórico da brasileira, que está na reta final da carreira, aos 37 anos. Os dois títulos deixam claro não só que ela vai aos Jogos de Paris, em casa, já que mora na capital francesa há muitos anos, como vai para tentar o ouro inédito para o esporte brasileiro.

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