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Seleção de vôlei terá uniformes da Riachuelo e quer chegar a shoppings
As seleções brasileiras de vôlei, tanto de quadra quanto de praia, vão vestir uniformes da BodyWork até os Jogos Olímpicos de Paris. A marca é um lançamento da Riachuelo, rede de lojas de departamento, e que chega ao mercado com um contrato para o fornecimento de cerca de 35 mil peças anualmente para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
Ainda que seja a segunda confederação esportiva com mais visibilidade no país, atrás somente do futebol, a CBV estava sem fornecedor de material esportivo desde o fim de 2021, quando venceu um contrato de quatro anos com a Asics. Durante a temporada 2022, as seleções ainda usaram vestimentas da empresa japonesa, mas de enxovais antigos.
O novo acordo entre CBV e BodyWork será anunciado nesta quarta-feira, em evento em São Paulo, quando também serão apresentadas as roupas do vôlei de praia. Os uniformes das seleções de quadra vão ser anunciadas em abril, quando as equipes começam a se reunir para os compromissos da temporada internacional. As vestimentas de passeio e viagem das seleções também serão fornecidas pela marca.
"Como a gente tem o DNA brasileiro, a gente buscou trazer nuances brasileiras para o uniforme. Uma marca gringa talvez não consiga ter esse olhar. É diferente quando uma marca brasileira veste a nossa seleção de vôlei", afirma Thais Lima, head de marketing da Riachuelo.
Além de vender produtos de outras marcas, a Riachuelo também tem marcas próprias de roupas femininas, calçados, e uma linha geek. Agora, entra no segmento esportivo, criando "lojinha dentro da loja" para comercializar produtos da BodyWork, que parte da linha "treino e corrida".
A CBV, porém, vê nesses pontos de venda a possibilidade de comercializar em larga escala os uniformes das seleções de praia e quadra. Durante boa parte dos 20 anos de contrato com a Olympikus e especialmente no último ciclo com a Asics, o torcedor sofreu para conseguir comprar o uniforme do Brasil.
Agora, a fornecedora de material esportivo da CBV tem 332 lojas da marca Riachuelo, além de forte presença online. A empresa, porém, diz que ainda não está alinhado como se dará a comercialização desses uniformes, o que será definido mais adiante.
Mercado da moda
Tendo Rebeca Andrade como sua principal garota propaganda, a BodyWork chega ao marcado sem a ambição de competir com marcas esportivas como Nike e Adidas. "Essas marcas que têm o esporte como core business, elas têm preço muito mais alto. Elas trabalham a marca em si, a gente trabalha o custo-benefício", afirma Thais, ressaltando que os uniformes da CBV terão alta tecnologia envolvida.
"Estamos muito felizes em anunciar essa parceria com a Riachuelo. Temos muitos desafios nesse ciclo olímpico atípico, mais curto, e é importante contar com a experiência de uma empresa produz material esportivo de alta qualidade. Com uma marca que alia tecnologia e alta qualidade, nossos atletas continuarão brilhando nas quadras e arenas de todo o mundo", diz Radamés Lattari, presidente em exercício da CBV — Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, está com a saúde debilitada.
Marcelo Hargreaves, diretor de Novos Negócios da CBV, celebra a oportunidade de associar o vôlei ao mercado da moda. " Assim nos aproximamos da moda, em parceria com uma empresa genuinamente brasileira, alinhada com nossos conceitos de diversidade e inclusão. Desenvolvemos em conjunto produtos voltados tanto para performance como para o lazer, para o voleibol de quadra e de praia", afirma.
O contrato não envolve fornecimento de bolas (a CBV tem acordo com a Mikasa) ou de calçados. Em 2021, a CBV exigiu que os jogadores das seleções de quadra usasssem tênis da Asics, abrindo exceção só para quem tivesse contrato de patrocínio com outras marcas. Os atletas reclamaram, chegaram a colocar esparadrapo sobre a logo da marca japonesa, e a regra caiu.
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