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Gabi Roncatto é condenada por doping e perde recorde brasileiro da natação
Gabi Roncatto, que no ano passado chegou a bater o recorde brasileiro dos 400m livre, foi condenada pelo uso de substância dopante em julgamento realizado ontem (13) pelo Tribunal Brasileiro de Justiça Antidopagem (TJD-AD). Como a pena é retroativa à data da coleta, no início do ano passado, ela não precisará se ausentar de treinos e competições. A notícia foi dada primeiro pela Best Swimming, e confirmada pelo Olhar Olímpico.
Diante do tribunal, Gabi reconheceu que consumiu um chá para emagrecer que tem venda e propaganda proibidas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Logo, um produto pirata. Ao UOL, Gabi disse que quase desistiu do esporte ao saber do resultado analítico adverso, como é chamado o exame positivo para substância dopante.
Alegando que o rótulo desse produto não informava a presença de furosemida e hidroclorotiazida, Gabi dizia que não tinha conhecimento de que o consumo do chá resultaria em infração ao código antidoping e que tomou a substância com contra própria, com objetivos puramente estéticos.
A defesa dela, encabeçada pelo advogado Marcelo Franklin, inicialmente conseguiu convencer o TJD-AD, em julgamento em primeiro grau, a absolver a nadadora. O caso se tornou emblemático entre as pessoas que trabalham com o combate ao doping no Brasil, exemplo de impunidade, a procuradoria recorreu, e Gabi foi levada a novo julgamento ontem.
No Pleno do TJD-AD, Gabi foi condenada a seis meses de suspensão, que começa a valer em 14 de janeiro de 2022. A pena foi uma vitória para ela, uma vez que a procuradoria queria um gancho de dois anos, reclamando que a nadadora, que é acompanhada de comissão disciplinar, não poderia alegar desconhecimento dos riscos assumidos ao tomar um chá proibido.
Ela, que estava no Flamengo no ano passado e agora compete pela Unisanta, perde os resultados do primeiro semestre de 2022. Aí estão incluídos o Troféu Brasil, o Mare Nostrum e o Mundial. Gabi também perde o recorde brasileiro dos 400m livre, que ela havia batido no Mare Nostrum de Barcelona. Assim, o recorde volta a ser o 4min09s41 de Joanna Maranhão. No Mundial, ela foi 14ª colocada nos 400m medley e 16ª nos 400m livre.
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