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CBV ataca Conselho de Ética e diz que punição impede seleção de jogar o Pan
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) soltou nota, no fim da tarde desta terça-feira (2), repudiando a decisão do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) que puniu a entidade com seis meses de desfiliação por permitir a Wallace jogar a final da Superliga. Para o CECOB, a escalação configurou descumprimento de gancho que havia sido aplicado no mês passado ao jogador e que terminaria amanhã (3).
A CBV trata como "absurda" a determinação de suspensão do repasse de recursos do COB à CBV e recomendar que entidades públicas ou privadas retirem seus patrocínios e apoios. A confederação também chama a decisão de "totalmente desproporcional e pouco razoável".
Ela permitiu a escalação de Wallace a partir de uma decisão de uma câmara arbitral que, segundo ela, é a instância de apelações em conflitos do tipo no âmbito do COB, o que o COB nega. Para a CBV, a câmara arbitral dá a Wallace condições de jogo.
"Assim, a CBV se vê obrigada a tomar todas as medidas jurídicas cabíveis para garantir seus direitos, diante da ameaça à participação das equipes de quadra e de praia em importantes competições internacionais", comentou a confederação.
Segundo a CBV, a suspensão de repasses prejudica gravemente a preparação do vôlei brasileiro para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e impede a participação das equipes nos Jogos Pan-Americanos, nos Mundiais de base e nas etapas do Circuito Mundial de vôlei de praia.
A confederação não informa isso claramente, mas essas são ações previstas com recursos da Lei Agnelo/Piva, das Loterias, repasses esses que seriam suspensos pela decisão do CECOB. A participação em outros eventos, como a VNL, é paga com recursos de outras fontes.
"Apesar disso, a CBV garante que empenhará todo o seu esforço e seus recursos para manter a preparação dos atletas, de quadra e de praia, para estas importantes competições. E espera que o COB respeite seu estatuto e a legislação vigente, e não tome qualquer medida sem que a CBV tenha direito amplo e irrestrito à defesa", continua a confederação.
"A CBV reitera que está muito segura das ações que tomou neste caso, todas elas respeitando a legislação e as normas que se aplicavam. Desde o início, a CBV buscou resguardar o voleibol, a Superliga, clubes, jogadores, patrocinadores e torcedores, mesmo sem ter relação direta ou responsabilidade sobre qualquer fato que gerou este cenário. E entende que toda esta comunidade do voleibol não deve ser prejudicada por atos praticados por terceiros ou decisões que extrapolam os limites estabelecidos na legislação."
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