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Olhar Olímpico

REPORTAGEM

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Transmitido pelo UOL, GP Brasil é etapa importante por vaga olímpica

09/05/2023 18h00

Mais do que a oportunidade de alcançar os duríssimos índices exigidos pela World Athletics, o GP Brasil, nesta quarta-feira (10), transmitido pelo UOL Esporte, é grande chance para alguns dos melhores atletas do país marcarem pontos no ranking de pontos que é o caminho mais acessível a Mundial e Olimpíada. O bloco da manhã vai das 10h ao meio-dia e, o da tarde, tem sua primeira largada às 13h.

O novo ranking mundial transforma em pontos o resultado de cada atleta em cada competição, ponderando a classificação final, o tempo/marca e o nível do evento. O GP Brasil é o principal meeting disputado na América do Sul e tem classificação "C".

Erik Cardoso, destaque da prova das provas de velocidade do GP, é um exemplo. Na temporada passada, ele fez 10s12 nos 100m no GP, um evento nível C, e somou 1.175 pontos. Quando melhorou a marca para 10s09 em uma etapa do Campeonato Paulista, ganhou só um ponto a mais. É que este evento era nível F.

Como só a elite do atletismo mundial atinge os fortíssimos índices exigidos pela WA, a maior parte dos atletas briga, na prática, para se classificar pelo ranking. E isso tem feito com que a disputa por vagas nos meetings mais importantes, especialmente na Europa e nos EUA, esteja cada vez mais acirrada, fechando a porta a muitos brasileiros.

Exceto alguns poucos atletas de ponta, a maioria dos brasileiros não deve ter outras oportunidades de correr em meetings do mesmo nível do GP, o que torna o resultado em São Paulo essencial para o ranking, que leva em consideração os cinco melhores desempenhos de cada um deles.

Quanto mais pontos marcados no GP, mais chance de estar no Mundial de Budapeste e nos Jogos Olímpicos do ano que vem. Por isso, as provas escolhidas pela CBAt para fazerem parte do evento são exatamente aquelas onde é mais provável a classificação olímpica de brasileiros por provas.

Nelas, são poucos os brasileiros de elite que não estão inscritos no GP. São o caso só de Darlan Romani, no peso, e Almir Junior, do salto triplo, que competiu na Diamond League na semana passada, e Rafael Pereira, dos 110m com barreiras, que agora mora e treina nos EUA.

Entre os brasileiros que vão competir amanhã, os que têm melhores desempenho no ranking mundial são, pela ordem das provas:

Valdineia Martins (salto em altura), Gabriele Sousa (triplo), Juciele Sales (dardo), Lucas Rodrigues e Felipe Bardi (200m), Vitória Rosa e Ana Carolina Azevedo (200m), Weslley Beraldo (distância), Eduardo de Deus e Gabriel Constantino (110m com barreiras), Letícia Oro (distância), Izabela Silva (disco), Bardi, Erik Cardoso, Rodrigo do Nascimento e Derick Silva (100m), Thiago Moura e Fernando Ferreira (altura), Vitoria, Lorraine Martins e Ana Carolina (100m), Lucas Carvalho (400m), Wellington Morais e Willian Dourado (peso), Mateus de Sá (triplo), Eduardo Ribeiro (800m), Luiz Maurício (dardo), Tatiane Raquel e Simone Ferraz (3.000m com barreiras).

A competição se encerra com quatro equipes correndo o 4x100m feminino, inclusive o Brasil, que tenta vaga no Mundial pelo ranking de tempo. Hoje o país está em 17º, e só as 16 primeiras se classificam para Budapeste. Muito mais do que o ouro, o Brasil busca um tempo melhor que 43s62. Preferencialmente, bem melhor, já que as oportunidades de tomar tempo para o revezamento são poucas.