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Olhar Olímpico

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Erro de arbitragem deu título mundial a Teddy Riner, diz federação de judô

Teddy Riner celebra medalha de ouro em seu 11º Mundial de judô - KARIM JAAFAR/AFP
Teddy Riner celebra medalha de ouro em seu 11º Mundial de judô Imagem: KARIM JAAFAR/AFP

17/05/2023 14h21

Teddy Riner só faturou seu 11º título mundial individual de judô, no sábado (13), por um erro de arbitragem. Se as regras tivessem sido seguidas, o campeão dos pesados seria o russo Inal Tasoev, que competiu como atleta neutro. Quem diz isso é a Federação Internacional de Judô (IJF).

Em nota divulgada nesta quarta-feira, a IJF pediu desculpas pelo erro decisivo dos árbitros, já no golden score, quando quem conseguir uma pontuação é declarado vencer. Tasoev conseguiu um wazari que, se marcado, daria a ele o título, mas o golpe não foi assinalado pelo juiz, nem revisto pelo árbitro de vídeo.

"Após a competição, levando em consideração as regras atuais de arbitragem e a opinião de especialistas em judô, entendemos que uma pontuação para o contra-ataque de Tasoev deveria ser atribuída. Com isso, a Comissão de Arbitragem da FIJ pede desculpas por sua decisão e informa que este tipo de ação será pontuada no futuro, seguindo as regras atuais do judô", diz o comunicado.

A IJF também disse estar analisando situações de shidô no golden score, reclamando que consultou as federações nacionais com opiniões sobre o assunto em um congresso no começo do ano, mas não teve nenhuma resposta. Diversas lutas são decididas, atualmente, por decisão dos árbitros, que escolhem punir um ou outro lutador, no golden score, com advertência.

Riner, de 34 anos, completou 16 anos como campeão mundial do peso pesado ao vencer o torneio deste ano, em Doha, e chegar ao seu 11º título individual. O primeiro foi em 2007. O francês, porém, já não é mais imbatível. Ele perdeu de um russo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ficando com o bronze, de um georgiano no Europeu por equipes, no ano passado, e de um japonês no Grand Slam de Paris de 2020. Assim, são três derrotas nos últimos três anos. Até então, estava há quase 10 anos invicto.