Paôla Reis classifica o Brasil à Olimpíada no ciclismo BXM

O Brasil está classificado para os Jogos Olímpicos de Paris no ciclismo BMX Racing feminino. A garantia da vaga veio com o título pan-americano conquistado neste sábado (20) por Paôla Reis, em Riobamba, no Equador.

É provável, porém, que o Brasil futuramente não precise dessa vaga. O principal critério de classificação é o ranking mundial, no qual o país hoje ocupa a sétima colocação. Se permanecer assim até junho de 2024, terá direito a duas vagas. E, aí, não usará a do Pan, voltada apenas a países que não se classificarem pelo ranking.

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De qualquer forma, a garantia de que o Brasil terá ao menos uma vaga no BMX Racing em Paris permite ao COB já contabilizar 21 vagas na próxima edição dos Jogos Olímpicos. A conta do Comitê Olímpico não considera as provas de atletismo em que brasileiros têm índice: maratona masculina e marcha atlética 20km.

Paôla tinha tudo para ter disputado os Jogos Olímpicos de Tóquio, mas estava suspensa à época da competição, punida por abandonar a concentração da seleção em Portugal e viajar até a Itália para competir.

A atleta baiana, que chegou a abandonar o ciclismo e era tida como uma joia bruta de difícil lapidação, vem em ótima fase. Antes do título de hoje ela já era 12ª colocada do ranking mundial, tendo vencido a Copa Sul-Americana, em abril. Nas Copas do Mundo, fez um sexto e um sétimo lugares em 2022.

Além de Paôla, o pódio do Campeonato Pan-Americano teve Molly Simpson, do Canadá, com prata, e a brasileira Priscilla Stevaux, com bronze. A colombiana Mariana Pajon, bicampeã olímpica, não competiu. A dobradinha verde-amerela deve ajudar o Brasil a subir no ranking mundial em que hoje é sétimo. No masculino, nenhum brasileiro chegou à final.

Pelos mesmos critérios do Pan de BMX Racing, o Brasil também deve ir à Olimpíada no ciclismo de estrada feminina. Tota Magalhães foi quinta colocada no Pan da modalidade e, excluindo os países que terão vaga pelo ranking, a classificação deverá ficar com a brasileira.