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Liga das Nações de vôlei começa com a seleção controlando as expectativas

Seleção brasileira feminina de vôlei foi vice-campeã da Liga das Nações de 2022 - FIVB/Divulgação
Seleção brasileira feminina de vôlei foi vice-campeã da Liga das Nações de 2022 Imagem: FIVB/Divulgação

Colunista do UOL

29/05/2023 13h00

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Quando a seleção feminina de vôlei começou bem a Liga das Nações (VNL) da temporada passada e eu elogiei a equipe pelo Twitter, um colega fez o seguinte comentário no inbox: "esse time não vai a lugar nenhum". As razões para a desconfiança eram muitas, e foram respondidas na bola. O vice na Liga das Nações e, depois, no Mundial, foram demonstrações inequívocas de que esse time pode ir muito, muito longe.

Essa nova expectativa é a grande casca de banana da qual o time de José Roberto Guimarães precisa fugir. A forma como a seleção vai lidar com essa responsabilidade, em uma temporada que tem como grande objetivo a vaga olímpica, é o que vai determinar o sucesso (ou não) nessa empreitada.

A VNL começa na quarta-feira (31) para o Brasil, que joga em Nagóia (Japão) contra China, Holanda, República Dominicana e Croácia. Para esta primeira parada, Zé Roberto não conta com Thaísa, de volta à seleção, e Gabi. Como a China não terá Ting Zhu, poupada na liga inteira, o Brasil é favorito a voltar com quatro vitórias. Mas também pode tropeçar. E é isso que é preciso termos em mente.

A Liga das Nações é parte do caminho para o objetivo final, não o ponto de chegada. A tendência é de Zé Roberto rodar o elenco, fazer testes, e construir um time para a Pré-Olímpico, em setembro, quando o Brasil vai jogar contra Japão, Turquia, Argentina, Bélgica, Bulgária e Porto Rico.

O desempenho na temporada 2022 foi ótimo, mas a equipe sofreu mudanças — para melhor? só o tempo vai dizer. Ana Cristina e Julia Bergmann voltam após pedirem dispensa do Mundial, e Thaísa encerrou sua aposentadoria da seleção. Por outro lado, Carol Gattaz e Júlia Kudiess estão fora. Só que outros times também têm novidades. Especialmente a Turquia, rival direta por uma vaga olímpica, que agora pode contar com a cubana naturalizada Melissa Vargas.

Depois de Nagóia, a seleção volta a jogar em Brasília, para ginásio lotado e empolgado, contra Coreia do Sul, Sérvia, Alemanha e EUA, de 14 a 18 de junho. E fecha a fase de classificação na Tailândia, diante de Itália, Canadá, Turquia e Tailândia, na virada do mês que vem.

Aberta a temporada de busca de índices no atletismo e na natação

A dura realidade é que poucos brasileiros vão alcançar as duríssimas marcas mínimas exigidas pela World Athletics para ir ao Mundial, e a maioria vai a Budapeste pelo ranking mundial. Mas vai ser interessante acompanhar a busca por esses índices na fase mais aguda da temporada. Alcançá-los é entrar na lista de quem briga, no mínimo, por final na Olimpíada.

Entre as candidatas está Tatiane Raquel, dos 3.000 metros com obstáculos, que abriu a temporada na Europa vencendo um meeting na Espanha. Ela precisa baixar o próprio recorde brasileiro (9min24s38, de 2022) para alcançar o índice (que é de 9min23). É difícil, mas não impossível.

Na natação, a busca de índices começa com o Troféu Brasil, de amanhã (30) até sábado (3) servindo de seletiva para o Mundial de Fukuoka (Japão) e para o Pan em Santiago (Chile). A disputa mais acirrada, claro, será pela classificação ao Mundial. Além de atingir os índices da World Aquatics, os brasileiros vão concorrer entre si por apenas 12 vagas em provas individuais, limite estabelecido pela própria CBDA por critérios técnicos. Contando também revezamento, a ideia é que a delegação não supere 20 nadadores. Amanhã (30) a coluna trará um texto sobre a competição.

Morre Renyldo Ferreira, ícone do hipismo brasileiro. Mas COB ignora

Morreu em 28 de abril o cavaleiro Renyldo Pedro Guimarães Ferreira, que competiu em quatro Olimpíadas, de 1948 a 1960. O "coronel", como era conhecido, por causa da sua patente no Exército, tinha 99 anos — faria 100 em 29 de junho. Também era o atleta olímpico mais velho do Brasil ainda vivo.

Como técnico e dirigente, foi um dos grandes do esporte brasileiro. Além das participações olímpicas, esteve em quatro edições dos Jogos Pan-Americanos: 1951, 1959, 1963 e 1967 (quando o Brasil conquistou seu primeiro ouro).

Em 1956, Renyldo foi protagonista de uma conquista única do hipismo brasileiro, ao vencer, junto com Eloy Menezes e Nelson Pessoa Filho, a prova por equipes da Copa das Nações, em Aachen (Alemanha).

Treinador do Clube Hípico de Santo Amaro (entidade da qual também foi presidente), formou vários cavaleiros — entre eles, o olímpico Doda Miranda.

Seu legado foi exaltado pela Federação Internacional de Hipismo (FEI), mas ignorado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que perdeu a chance de homenageá-lo no evento do Hall da Fama, realizado em São Paulo no dia 18 de maio.

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