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Pacaembu diz negociar com time grande de São Paulo para ter 30 jogos ao ano

Projeção digital do Pacaembu pós-reforma - Divulgação/Allegra Pacaembu
Projeção digital do Pacaembu pós-reforma Imagem: Divulgação/Allegra Pacaembu

Colunista do UOL

21/06/2023 04h00

Colaboraram Danilo Lavieri, Lucas Musetti Perazolli e Gabriela Brino

A Allegra Pacaembu afirmou nesta terça-feira (20) que já tem acerto para que um clube paulista tenha jogos no estádio e que negocia com um "grande" do estado por um contrato de 30 partidas ao ano. A empresa promete reabrir o Pacaembu em janeiro do ano que vem. O UOL apurou, porém, que nem Santos nem Palmeiras, os dois clubes que mais jogam fora de seus estádios entre os grandes, têm negociações avançadas com a concessionária.

"Para o ano que vem, temos 12 jogos confirmados e outros 20 programados", afirmou Rafael Carneiro Bastos, diretor da Allegra, durante a mesa técnica da concessão do Pacaembu promovida pelo Tribunal de Contas do Município (TCMSP).

"A gente acredita que os clubes vão se interessar [em jogar no estádio]. Um de São Paulo outro de Minas já firmaram, que são esses 12 jogos confirmados", continuou Carneiro Bastos, que é sobrinho do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) Reinaldo Carneiro Bastos.

Ele não deu nomes de clubes. Mas disse também, durante a reunião, que a Allegra negocia com outra equipe paulista um contrato mais amplo. "A gente foi procurada por outro clube grande de São Paulo para um contrato de 30 jogos anuais. Esse contrato está em discussão. A gente tinha um contato com eles em 2020, para 20 jogos por ano, que não foi adiante por causa da pandemia", explicou.

No último ano do Pacaembu aberto ao público, em 2019, o Santos fez 10 jogos no estádio, incluindo os cinco de maior público. No ano anterior, haviam sido 12 partidas, inclusive as seis líderes em bilheteria do clube.

Com o Pacaembu fechado para obras, o Santos vinha jogado apenas na Vila Belmiro, e por enquanto tem a quarta pior média de público do Brasileirão, com 10,5 mil torcedores por partida, mas já pediu à CBF para enfrentar o Goiás na Arena Barueri, no dia 9. A diretoria fez acordo com o Canindé para o Paulistão, mas não gostou da experiência. Por causa das obras na Vila, o Santos deverá ficar dois anos sem seu estádio.

Já o Palmeiras tem saído do Allianz. O clube está em uma disputa judicial contra a WTorre e, este ano, já precisou fazer duas partidas no Morumbi, em datas que seu campo estava ocupado com outros eventos. A coluna do Danilo Lavieri mostrou que, no segundo turno do Brasileirão, o Palmeiras pode jogar só três partidas no Allianz Parque. Mesmo assim, o clube não tem conversas avançadas com a Allegra.