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Guilherme Costa é 4º em início fortíssimo do Mundial de Natação

O primeiro dia de provas de natação do Mundial de Esportes Aquáticos de Fukuoka (Japão) já colocou o torneio na história da modalidade. O francês Leon Marchan tirou Michael Phelps da lista de recordistas, Ariarne Titmus, da Austrália, venceu a disputa mais aguardada da competição, o 4x100m livre feminino da Austrália estraçalhou o recorde mundial, e o 400m livre masculino teve a prova mais forte de todos os tempos.

O Brasil ficou no quase. Guilherme Costa, o Cachorrão, bronze na edição de 2021 do Mundial, não conseguiu repetir o resultado, terminando em quarto nos 400m livre. Ele chegou perto do recorde sul-americano, com 3min43s58, mas viu seus rivais darem show. Samuel Short venceu para a Austrália com 3min40s68, com o tunisiano Ahmed Hafnaoui, atual campeão olímpico, batendo 0s02 atrás.

Os dois ameaçaram como nunca o recorde mundial do alemão Paul Biedermann, que vem desde 2009 e foi feito com os antigos trajes tecnológicos. Após a prova, Cachorrão deixou claro, em entrevista, que sabe que precisará derrubar esse recorde histórico se quiser ser campeão olímpico em Paris. Em Fukuoka, ele ficou a quase um segundo e meio do pódio, atrás também do alemão Lukas Martens.

O Brasil também nadou a final do revezamento 4x100m livre masculino, e terminou em sexto. Marcelo Chierighini, único experiente do grupo, abriu mal, para 48s84, Guilherme Caribé foi buscar com a segunda melhor parcial da prova toda, Felipe Souza entregou em quarto, mas Victor Alcará não segurou. Em sexto, o Brasil ficou atrás de Austrália (ouro), Itália (prata), EUA (bronze), China (quarto) e Canadá (quinto), com 3min12s71, a 1s90 do pódio.

Show de natação

De forma geral, o primeiro dia foi um espetáculo de natação. León Marchand, grande revelação francesa, finalmente tirou Michael Phelps da lista de recordistas mundiais. Depois de 21 anos de domínio do norte-americano como recordista dos 400m medley, agora é o garoto quem puxa a fila, com o 4min02s50 que ele fez para ganhar o ouro em Fukuoka. Phelps tinha 4min03s84.

Nos 400m livre feminino, havia enorme expectativa sobre a disputa entre a australiana Ariarne Titmus, a norte-americana Katie Ledecky, maior nadadora mulher de todos os tempos, e a canadense Summer McIntosh, fenômeno de 16 anos, que em março havia estabelecido novo recorde mundial.

Mas Titmus sobrou. Venceu com 3min55s38, impôs uma derrota expressiva para Ledecky, que chegou 3s35 atrás, e recuperou o recorde mundial. A adolescente canadense bateu em quarto, atrás também de Erika Fairweather, da Nova Zelândia.

A Austrália também deu espetáculo na final do 4x100m livre feminino, com aquele que é apontado como o melhor revezamento feminino de todos os tempos. Mollei O'CAllaghan, Shayna Jack, Meg Harris e Emma McKeon venceram a prova com 3min27s96, melhorando em quase dois segundos o recorde mundial que pertencia ao próprio time australiano.

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Brasileiros no primeiro dia

O Brasil também participou do 4x100m feminino, mas não avançou à final. Terminou em 11º, com 3min38s99, marca que deve ser suficiente para classificar o país às Olimpíadas de Paris. Além dos medalhistas desta edição (Austrália, EUA e China), vão aos Jogos os 13 melhores tempos deste Mundial ou do ano que vem, que será em fevereiro, em Doha (Qatar). Com a marca de Fukuoka, o Brasil deve ficar neste grupo sem sustos. No masculino, isso é certeza.

Nos 400m livre feminino, Gabi Roncatto terminou em 11º e Maria Fernanda Costa em 12º. As duas, que foram destaques do Troféu Brasil, não conseguiram melhorar suas marcas. De qualquer forma, precisariam baixar o recorde brasileiro em mais de um segundo para irem à final. Bruna Leme, nos 200m medley, ficou três segundos acima do que fizera na seletiva, e completou em 25º. Com a marca do Troféu Brasil, ela iria à semifinal.

João Gomes Junor chegou à semifinal dos 100m peito, mas falhou em tentar baixar a casa do minuto, fechou em 1min00s04, e terminou em 15º lugar. Ele precisava de 59s50 para ir a a mais uma final, aos 37 anos. O Brasil ainda teve Giovanna Dimante em um decepcionante 23º lugar nos 100m borboleta, prova em que foi 10ª no ano passado, e Stephan Steverink repetindo o 16º lugar dos 400m medley, com marca quatro segundos acima do que fizera na seletiva.

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