Matheus Isaac e Bruno Lobo levam Brasil a Paris em classes radicais da vela
O Brasil assegurou mais duas vagas nos Jogos Olímpicos de Paris em modalidades radicais. Desta vez, na vela. Bruno Lobo, na Fórmula Kite, e Matheus Isaac, no widsurf, conquistaram a classificação nesta sexta-feira (18) a partir do Mundial que está sendo disputado em Haia, na Holanda.
A Fórmula Kite é uma prova nova no programa olímpico, em que os atletas se locomovem em uma prancha puxada por uma espécie de paraquedas — o kite. São oito vagas em jogo pelo Mundial, e Bruno Lobo, com o cancelamento das regatas desta sexta, se garantiu na medal race, entre os 10 primeiros, em nono. A vaga está assegurada porque, desses 10, dois são franceses, país já classificado como dono da casa.
A outra vaga veio na IQFoil, como é chamada a nova classe de windsurf, que substitui a RS:X. Ela é bem mais radical que a antiga, sendo chamada de "Fórmula 1 da vela" — entenda mais nesta reportagem.
Matheus Isaac já terminou sua participação, no 16º lugar, e havia 11 vagas em jogo. Mas, à frente do brasileiro, terminaram quatro franceses (que não entram na conta), dois italianos (há limite de uma vaga por país), e dois poloneses.
Essas duas serão as únicas vagas que o Brasil vai conquistar no Mundial. De resto, a participação do time brasileiro foi bem discreta. Martine Grael e Kahena Kunze terminaram em 12º lugar na RS:X, a dois lugares da classificação. Elas terão nova chance no Pan de Santiago, quando precisarão ser a melhor dupla das Américas do Sul e Central — no Mundial, o barco argentino, principal concorrente, foi 30º.
Giovanna Prada (filha do medalhista olímpico Bruno Prada) ficou em 67º na IQFoil feminina, o veteraníssimo Bruno Fontes, de 43 anos, é o melhor brasileiro na ILCA 7 (antiga Laser), em 71º, e Gabriella Kid ocupa o 54º lugar entre as mulheres. Marco Grael e Gabriel Simões ficaram em 56º na 49er, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino terminaram em 27º na Nacra 17, como melhor barco do país na classe, e na 470, agora mista, os melhores foram Henrique Haddad e Isabel Swan, em 23º.
Em todas essas classes de duplas o Pan vai classificar o melhor barco das Américas do Sul e Central. Na 470, os brasileiros foram bem melhores do que os argentinos, na Nacra 17 os vizinhos já conseguiram a vaga olímpica, o que abre o caminho para o Brasil no Pan, e na 49er o melhor barco da região foi, com alguma folga, o do Uruguai.
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