Brasileiros dos 100m são eliminados e Darlan decepciona na final do Mundial
A boa fase do Brasil nos 100m rasos masculino não se refletiu na competição mais importante da temporada, o Campeonato Mundial. Paulo André Camilo, Felipe Bardi e Erik Cardoso corrram mal sob pressão e foram eliminados ainda na primeira rodada de baterias da competição que começou hoje (19) em Budapeste. Eles seguem no torneio para o revezamento 4x100m.
Também entre os brasileiros cotados para fazer bonito na competição, Darlan Romani terminou em oitavo na final do arremesso de peso e Almir Júnior ficou em 18º no salto triplo, fora da final. Pela manhã, Caio Bonfim foi bronze na marcha atlética 20km.
Decepção nos 100m
Bardi correu a terceira bateria eliminatória e terminou em sexto, com 10s25. Paulo André estava na quinta bateria, que demorou mais de 10 minutos para ter sua largada valendo. Quando ela veio, PA correu mal, também para 10s25, terminando só à frente de um corredor de Belize, em sexto.
Primeiro brasileiro a correr os 100m abaixo de 10 segundos, Erik Cardoso entrou na última bateria e foi ainda pior. Terminou com 10s36, em uma modesta sexta colocação.
A última vaga para as eliminatórias foi para um corredor que fez 10s17, marca bem mais fraca do que os brasileiros têm esse ano. PA, por exemplo, fez 10s18 logo na sua volta ao atletismo, em um torneio de pouca relevância para o ranking mundial, e com vento negativo.
O resultado, de qualquer forma, não chega a ser surpreendente. Bardi e Erik já haviam corrido na Europa esta temporada, com desempenhos semelhantes ao do Mundial. Cada um deles fez seis largadas, com apenas um desempenho abaixo de 10s20.
Darlan Romani perde chance
Um dos astros do esporte olímpico brasileiro, Darlan Romani deu o azar de ser contemporâneo de alguns dos melhores de todos os tempos do arremesso de peso, o que tem tornado cada vez mais difícil a tarefa de chegar ao pódio de grandes competições. Em Budapeste, finalmente o nível não foi tão alto. E o brasileiro não aproveitou a chance.
Darlan, que acertou um arremesso de 22,37m logo na primeira tentativa das eliminatórias, passou longe disso na final. Seu melhor desempenho foi um 21,41m, que o deixou na oitava colocação.
Dos outros quatro principais nomes da prova, só Ryan Crouse, dos EUA, se apresentou bem. Bateu o recorde do Mundial com 23,51m e ganhou o ouro, como esperado. Joe Kovacs, também dos EUA, ficou com o bronze, com 22,12m, e Tom Walsh, da Nova Zelândia, em quarto, com 22,05. Leonardo Fabbri, da Itália, surpreendeu todo mundo e levou a prata, com 22,34m, melhor da carreira. Se repetisse o que fez de manhã, Darlan ficaria à frente dele.
Almir fora também
Almir Júnior, que havia competido muito bem no Campeonato Sul-Americano, também já está eliminado do Mundial. Ele não se apresentou bem nas eliminatórias do salto triplo, terminou em 20º lugar, e não conseguiu vaga entre os 12 que foram à final.
O atleta de Mato Grosso, que atualmente mora e treinar em Portugal, foi mal no primeiro salto (16,16m), ainda pior no segundo (16,09m), até melhorou no terceiro (16,34m), mas ficou distante dos 16,65m necessários para ir à final.
O brasileiro é o 11º do ranking mundial, com 17,24m, e por isso era cotado para estar entre os finalistas, repetindo o Mundial do ano passado, quando foi sétimo.
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