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Revezamento 4x100m masculino vai à final do Mundial; Jucilene é 8ª no dardo

Campeão do mundo em 2019, o revezamento masculino 4x100m do Brasil está classificado à final do Mundial de Atletismo que será amanhã (26). A equipe não fez uma boa eliminatória, mas conseguiu o oitavo tempo e avançou para a decisão. Também hoje (25), Jucilene Sales de Lima ficou em oitavo na final do lançamento do dardo.

No revezamento, o time escalado foi o mesmo do Campeonato Sul-Americano, com Paulo André largando, Felipe Bardi na reta oposta, Erik Cardoso na curva, e Rodrigo do Nascimento fechando. Somando os tempos individuais de cada atleta, o Brasil só tem potencial abaixo dos de EUA, Jamaica e Grã-Bretanha.

Na pista, porém, o resultado não foi o esperado. Muito graças a Rodrigo, que pegou o bastão em sexto, a equipe terminou em quarto em sua eliminatória, 0s01 à frente da Nigéria e 0s06 antes do Canadá, e se classificou como um dos dois melhores tempos entre os que não se classificaram diretamente.

Itália (37s65), África do Sul (37s72) e Grã-Bretanha (38s01) se classificaram automaticamente pela mesma série do Brasil. Na outra, passaram EUA (37s67), Jamaica (37s68) e Japão (37s71). A França pegou a outra vaga, com 37s98.

Ou seja: se quiser disputar medalha amanhã, o Brasil tem que melhorar ao menos meio segundo seu resultado de hoje. E isso passa, possivelmente, por uma mudança na escalação, criticada já desde o Sul-Americano, uma vez que PA só tem competido nos 100m (ou seja, ele não treina na curva), Erik é o melhor velocista do país na reta e está correndo na curva, e a revelação Renan Gallina ficou na reserva. Além disso, Bardi e Erik já haviam tido problemas na passagem do bastão no Sul-Americano, e repetiram isso no Mundial.

No feminino, o Brasil foi muito mal. Terminou com 43s46, um centésimo melhor do que no Sul-Americano e melhor marca da temporada. Sem Lorraine Martins, machucada, o time teve Gabriela Mourão, Vitória Rosa, Ana Carolina Azevedo e Rosângela Santos.

As brasileiras precisava de uma marca quase um segundo melhor para avançar à final, já que a última vaga ficou com a Polônia, que fez 42s65. No total, o Brasil foi 15º, com o pior tempo no geral. Nigéria e Austrália foram eliminadas.

Para as mulheres, o resultado não ajuda na briga por uma vaga nos Jogos de Paris. Vão à Olimpíada os 14 melhores do Mundial de Revezamentos do ano que vem, nas Bahamas, e os dois melhores tempos de um ranking que considera resultados de 2023 e 2024. Nesse ranking, o Brasil está em 19º lugar. Ou seja: o time continua precisando de uma boa apresentação.

Já Jucielene de Lima tem tudo para estar em Paris, ao menos pelo ranking mundial. Ela ficou em oitavo lugar na final do lançamento do dardo, a primeira da carreira dela, com um lançamento de 60,34m. O ouro da prova foi para Haruka Kitaguchi (Japão), com 66,73m, seguida da colombiana Flor Ruiz, que estabeleceu novo recorde sul-americano: 65,47m, melhorando mais de um metro e meio sua antiga marca. Mackenzie Little ganhou bronze para a Austrália.

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