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Babi é 11ª e tem melhor resultado da história na ginástica rítmica

Bárbara Domingos voltou a colocar seu nome na história da ginástica rítmica brasileira. Neste sábado (26), em Valência (Espanha), ela se tornou a primeira atleta do país a entrar para o grupo das 12 melhores do Campeonato Mundial, terminando o individual geral na 11ª colocação. Ao chegar à final, ela já havia se tornado a primeira brasileira a se classificar à Olimpíada pelos critérios universais.

A ginástica rítmica individual tem quatro aparelhos e, na maior parte das competições, premia também as melhores de cada aparelho. Mas a prova principal, a única disputada nos Jogos Olímpicos, é a que soma as notas das quatro apresentações e premia a ginasta mais completa.

Foi nesta prova que Babi hoje fez história. Ela acertou suas quatro apresentações, alcançou a melhor soma da carreira, e terminou sua exibição com nota 126,100. A composição foi: 32,350 no arco, 31,750 na bola, 30,800 nas maças e 31,200 na fita. Se ela tivesse feito essa nota na final da fita, aliás, teria sido medalha de bronze e se tornado a primeira brasileira com uma medalha em Mundiais.

O ouro foi, mais um, para Darja Varfolomeev, alemã de origem russa, que derrubou duas vezes a fita, e mesmo assim somou 137,450 pontos, contra 135,700 da italiana Sofia Raffaeli e 131,400 de Daria Atamanov, de Israel. Varfolomeev já havia sido campeã de cada um dos quatro aparelhos, vencendo, assim, todas as provas do Mundial. Babi terminou a 5,300 de Atamanov e do bronze.

Até hoje, o melhor resultado do Brasil em um Mundial, no individual, havia sido o 17º lugar da própria Bárbara na edição de 2021. Na ocasião, ela se classificou à final em 13º, mas não repetiu o desempenho na prova que valia medalha, terminando na antepenúltima posição entre as finalistas. Antes disso, a melhor campanha era dela mesma: o 31º lugar em 2019.

Vale pontuar, porém, que a campanha história deste ano vem em momento em que Rússia e Belarus, duas potências da modalidade, estão com suas ginastas impedidas de competirem. Com elas na prova, a tendência seria a brasileira terminar quatro posições abaixo. Ainda assim, melhor do que o 17º lugar de 2021.

No conjunto, também aproveitando a ausência de Rússia e Belarus desde a edição do ano passado, o Brasil foi sexto colocado em Valência. A equipe brasileira volta a se apresentar amanhã na final do arco.

Reportagem

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