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Escalação sem Paulo André não funciona e Brasil é desclassificado no 4x100m

O Brasil foi muito mal na final masculina do revezamento 4x100m no Mundial de Atletismo. A equipe, que chegou a Budapeste (Hungria) como o quarto melhor tempo na soma das marcas individuais de seus atletas, terminou a final não só em último entre as sete equipes que completaram, mas muito atrás de todos os outros concorrentes.

Muitos mais tarde, a equipe foi desclassificada porque a passagem de bastão de Erik Cardoso para Felipe Bardi aconteceu fora da área demarcada. Os dois treinam juntos e têm, desde o Sul-Americano, a pior passagem da equipe.

Depois de um desempenho já bem abaixo do potencial no Campeonato Sul-Americano e nas eliminatórias do Mundial, o técnico Victor Fernandes mudou a escalação do time. Tirou Paulo André, que ontem deixou claro que estava desconfortável correndo na curva, já que ele só treina 100m, que são realizados na reta, e escalou Jorge Vides.

Mas, para encaixar Vides, toda a escalação foi alterada. Rodrigo do Nascimento, que fechou muito bem ontem, ultrapassando dois na reta de chegada, ficou na posição de largada, na curva. Vides foi para a segunda perna, Erik Cardoso foi mantido na terceira, e Felipe Bardi fechou.

Todas as passagens de bastão, porém, foram ruins, e o Brasil completou em 38s82, ainda pior do que no Sul-Americano. Como comparação, nas eliminatórias o time havia feito 38s12 e saído insatisfeito. No ano passado, a equipe fizera 38s41 nas eliminatórias e 38s25 na final. De lá para cá, os resultados individuais melhoraram e os atletas passaram a receber maior atenção da CBAt, participando de dois campings específicos para o revezamento.

O ouro foi para os EUA, que venceram com 37s38, marca excepcional e que coroou Noah Lyles como grande nome do Mundial. Ele venceu os 100m, os 200m, e agora o revezamento. A Itália ficou com a prata, com 37s62, e a Jamaica ganhou o bronze, com 37s76.

A marca feita na semifinal, porém, pode ser suficiente para classificar o Brasil aos Jogos Olímpicos de Paris. Das 16 vagas, 14 serão ocupadas pelos melhores do Mundial de Revezamentos do ano que vem. Depois, outras duas sairão pelo ranking, entre as demais equipes, pelos resultados entre janeiro de 2023 e julho de 2024. A boa marca da semifinal pode garantir uma dessas vagas do ranking, se a campanha no Mundial de Revezamentos não for boa.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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