Destaque do Corinthians no NBB é suspenso por 2 anos por doping de maconha
Quarto maior cestinha da edição passada do NBB jogando pelo Corinthians, o norte-americano DaVaunta Thomas foi suspenso por dois anos pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), em lista atualizada recentemente.
A entidade informou que ele testou positivo para THC, que é o princípio ativo da maconha, responsável pelo efeito alucinógeno da cannabis. A ABCD não detalhou quando aconteceu o teste, mas, pelo Brasil, ele só jogou pelo Corinthians.
Recentemente, em maio, a associação de jogadores da NBA (NBPA) assinou acordo com a liga para eliminar a maconha da lista de substâncias proibidas. "Na NBA todo mundo usa. É como um vinho", chegou a dizer, há um mês, o astro Kevin Durant.
Thomas veio do basquete dos EUA, como contou o UOL Esporte. O ala se destacou na Universidade de Arkansas-Fort Smith e jogou na Lituânia, na Argentina e no Uruguai antes de chegar ao Corinthians.
No Brasil, porém, não existe qualquer tipo de brecha para adaptações na lista de substâncias proibidas, o que a NBA só consegue fazer por não fazer parte do guarda-chuva da Federação Internacional de Basquete (Fiba) e não ser signatária da Agência Mundial Antidoping (Wada).
Por aqui, valem as regras da Wada, que vem rejeitando o lobby para eliminar a maconha do Código Mundial Antidoping. A entidade alega que os pedidos "não são apoiados pela revisão completa dos especialistas". "Também estamos conscientes de que as leis de muitos países, bem como amplas leis e políticas regulatórias internacionais, apoiam a manutenção da cannabis na lista neste momento", afirmou, no ano passado, Olivier Niggli, diretor-geral da Wada.
O código, porém, prevê que se o atleta comprovar que o uso da maconha não tem relação com a performance esportiva — ou seja, que o consumo foi recreativo —, a suspensão é de três meses. Foi o caso, por exemplo, de Sha'Carri Richardson, velocista norte-americana que ficou fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio por um gancho de um mês.
Na época, ela aceitou participar de um programa sobre conscientização a respeito de drogas sociais e teve a suspensão reduzida. Na semana passada, Richardson se sagrou campeã mundial dos 100m.
No Brasil, existem duas suspensões em vigor por testes positivos para THC. Matheus Brito, um goleiro que defendia o Flamengo de Guarulhos (SP), cumpre suspensão de dois anos desde abril do ano passado. DaVaunta Thomas está suspenso desde o dia 3 de agosto. Ele poderá voltar às quadras em 2 de agosto de 2025. Antes disso, não pode jogar em campeonatos que seguem o código da Wada, o que vale para todos ligados a federações nacionais.
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