Racha deixa times brasileiros fora da Liga Sul-Americana de Basquete
A decisão da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) de deixar de reconhecer o NBB como principal torneio de clubes do país tirou os clubes brasileiros da próxima edição da Liga Sul-Americana, um torneio do qual têm sido protagonistas. A entidade havia prometido vaga ao Cruzeiro, que não aparece na lista divulgada hoje (5). Minas, Pinheiros e Paulistano, pela campanha no último NBB, também esperavam ser inscritos.
Dos últimos oito campeões, sete foram times do NBB, incluindo Bauru (vencedor no ano passado), Botafogo (campeão em 2019 sobre o Corinthians) e Franca. Mogi, Brasília, Flamengo, Uberlândia e Vasco também ganharam a competição, que até 2007 era o principal torneio interclubes do continente.
Hoje é a Champions League América (CBLA) que ocupa esse espaço, também com predomínio de clubes brasileiros. Ainda assim, a Liga Sul-Americana é parte importante do calendário internacional de equipes de ponta do país. Na temporada passada, além do Bauru, o São Paulo e a Unifacisa também jogaram.
Já em 2022 a lista de inscritos do Brasil teve polêmica porque a CBB conseguiu uma quarta vaga e indicou a Liga Sorocabana, terceira colocada do "Campeonato Brasileiro", torneio organizado pela própria confederação e que tem status de segunda divisão. A postura azedou as relações entre CBB e Liga Nacional de Basquete (LNB), que organiza o NBB.
Buscando retomar o controle sobre os campeonatos de clubes, a CBB retirou, ainda no ano passado, a chancela do NBB, o que significa que a edição passada já aconteceu sem a promessa de que os melhores seriam indicados pela confederação para jogarem a BCLA e a Liga Sul-Americana.
A CBB só se comprometia a dar ao campeão do Campeonato Brasileiro (Cruzeiro) uma vaga na Liga Sul-Americana. Mas nem a equipe foi atendida na lista divulgada hoje pela Fiba Américas.
Há dúvida também sobre como será a representação brasileira na BCLA, espécie de Libertadores do basquete. O natural seria Franca (campeão do NBB), São Paulo (vice) e Flamengo (terceiro colocado) participarem, já que foram os melhores clubes brasileiros da temporada passada, mas a CBB não assegura a participação.
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