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Fiba anuncia Pré-Olímpico no Carnaval do Rio, mas realização é incerta

A Federação Internacional de Basquete (Fiba) anunciou no sábado (9) que um dos grupos do Pré-Olímpico Feminino será jogado no Brasil, no Rio de Janeiro, no fim de semana do Carnaval. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB), porém, até agora não fez qualquer comentário sobre o assunto.

A razão, pelo que apurou o Olhar Olímpico, é que a entidade não tem qualquer contrato assinado para fazer o torneio, que inclusive poderia acontecer em outras cidades brasileiras.

Partiu da CBB a demonstração de interesse de que o Brasil fosse sede da competição, realizando o torneio na Arena Carioca 1 entre os dias 8 e 11 de fevereiro do ano que vem, começando em uma quinta-feira e terminando no domingo de Carnaval.

A Fiba, porém, cobra um 'fee' (taxa pelo direito de organizar) nesse tipo de torneio, mas a CBB não teria se comprometido com os valores. A entidade brasileira considerava que ainda estava em negociações quando, no sábado, a Fiba aproveitou seu congresso, na véspera da final da Copa do Mundo masculina, para anunciar as sedes do Pré-Olímpico Feminino.

Serão quatro sedes, na Bélgica, na China, na Hungria e no Brasil, segundo a Fiba. Os brasileiros, porém, ainda devem conversar com a Fiba, na semana que vem, para entender como a entidade pretende trazer o evento para o Brasil e se isso significa que ela topa realizar o torneio sem o pagamento do 'fee'.

Da mesma forma que não há qualquer tipo de contrato entre a CBB e a Fiba, também não existem acordos firmados pela confederação para que o torneio aconteça no Rio, seja com financiamento municipal, estadual ou federal. Outras três cidades, pelo que apurou a coluna, também têm interesse, mas as negociações são preliminares.

O fato de as datas coincidirem com o carnaval não são necessariamente um problema no Rio, porque, se o torneio acontecer no Parque Olímpico, as jogadoras, árbitros e outros participantes ficariam hospedadas nos hotéis localizados na mesma avenida, uma região distante do epicentro do carnaval carioca.

Diferente do basquete masculino, que já classificou sete equipes a partir do Mundial, por cotas regionais, e tem nos Pré-Olímpicos uma espécie de repescagem global, com 24 equipes disputando quatro vagas, no feminino o Pré-Olímpico é uma peneira.

As 16 melhores equipes do mundo jogam a competição, inclusive os EUA (campeões mundiais) e a França (classificada a Paris-2024 como dona da casa), para que quatro times, os piores de seus grupos, sejam eliminados. Em 2021, a seleção brasileira só precisava ganhar um jogo, de Porto Rico, para ir a Tóquio, mas perdeu. No ano passado, em torneio idêntico, perdeu da Coreia do Sul e ficou fora do Mundial.

Reportagem

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