Presidente da CBF falta à CPI das Apostas, que deverá ser prorrogada
Em Lima (Peru) para o jogo da seleção brasileira masculina pelas Eliminatórias, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, já avisou que não vai atender ao convite para ser ouvido pela CPI da Manipulação no Futebol na tarde desta segunda-feira (11). Ele, porém, deverá ser convocado a depor pela comissão, que não deverá acabar na próxima quinta-feira (14), como era previsto.
A ata de criação, em maio, previa um prazo de funcionamento para a CPI de 60 dias, prorrogáveis por mais 60, até 14 de setembro. Dada a necessidade de aprovar um relatório final até lá, a expectativa era de que esse texto fosse entregue ainda hoje (11) pelo relator Felipe Carreras (PSB-PE).
Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, que vinha sinalizando que não porrogaria nenhuma CPI (as das Americanas e do MST também vencem na quinta), já teria dado sinal verde para que a CPI das Apostas continue trabalhando sob presidência de Julio Arcoverde (PP-PI), seu aliado e correligionário.
Em documento enviado hoje à CPI, os advogados de Ednaldo informaram que ele só retorna ao Brasil na sexta (15), um dia depois do fim programado da CPI. Mas, com a prorrogação, haverá tempo de sobra para ele ser ouvido, e a reunião agendada para as 17h, inicialmente com o intuito de ouví-lo, deverá discutir se o convite será transformado em convocação, o que o obrigaria a prestar depoimento.
Na falta de um caminho claro das investigações, a CBF, e consequentemente Ednaldo, devem entrar na mira dos deputados. Na semana passada, um representante de Sports Radar informou que a empresa presta serviços à CBF desde 2017 e, desde então, informa a entidade sobre movimentações inesperadas no mercado de aposta, que geram suspeita de manipulação.
A partir desta informação, a CBF deve ser cobrada sobre as atitudes tomadas para investigar essas manipulações.
Reportagem
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