Rebeca tem melhor nota das paralelas em Paris; Nory e Flavia vão a 3 finais
Rebeca Andrade começou bem a intensa temporada internacional que vai se seguir por quase dois meses. Depois de quase um ano sem competir internacionalmente, ela tirou a melhor nota das eliminatórias das paralelas assimétricas na World Challenger Cup de Paris, neste sábado (16).
A brasileira somou 14,550 pontos, um desempenho 0,75 pontos melhor do que o que fez neste aparelho na campanha do ouro no individual geral no Mundial do ano passado. Com isso, se classificou em primeiro para a final que será amanhã (17). Flávia Saraiva, com 13,750, passou em terceiro.
A final de amanhã vai marcar o primeiro confronto entre Rebeca e a sensação Kaylia Nemour, uma jovem ginasta de 16 anos, que competia pela França, e que este ano foi autorizada defender a Argélia. Campeã africana em sua estreia, Nemour é forte candidata ao ouro nas assimétricas no Mundial da Antuérpia (Bélgica), que começa daqui a duas semanas, tendo a brasileira como uma de suas rivais.
O Brasil está em Paris com seu time quase completo: Rebeca (que só compete nas paralelas), Flávia, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira. Elas seguem na Europa para o Mundial e, de lá, já vão direto para os Jogos Pan-Americanos em Santiago (Chile).
Neste sábado, Flavia fez uma série mais simples do que tinha antes da cirurgia do ano passado, mas avançou à final com a terceira melhor nota (13,300) enquanto Jade fez a quarta (13,150). Flavinha também estará na final da trave. Ela teve nota 12,750, e foi a sexta do dia. Lorrane ficou só em 14º, com 11,900. No salto, nenhuma delas se apresentou.
No masculino, a boa notícia foi a apresentação de Diogo Soares no cavalo com alças, calcanhar de Aquiles da ginástica brasileira. Ele tirou nota 14,250, melhorando mais de 0,7 ponto a melhor série do país no Mundial passado, e avançou à final em quinto. Nas argolas e nas paralelas, porém, a nota foi mais baixa do que o que está acostuamdo. Na primeira prova, ele ficou em 17º, com 12,650. Na segunda, em 12º, com 13,800.
Arthur Nory vai competir em três finais. O medalhista olímpico foi quinto no solo (13,750), quarto na barra fixa (14,100) e quinto no salto (14,300). Já Bernardo Miranda estará nas finais da barra fixa, onde foi terceiro, com 14,350, e das paralelas, em que foi sexto, com 14,250. Bernardo, porém, não vai ao Mundial. O time terá Nory, Diogo, Arthur Zanetti, Yuri Guimarães e Tomas Florencio, com Patrick Santiago, o sexto convocado, provavelmente ficando como reserva.
Se no feminino o Brasil vai ao Mundial sonhando com uma inédita medalha por equipes, no masculino a briga será para terminar entre os 12 e se classificar à Olimpíada. A tarefa é ingrata sem Caio Souza, ginasta mais completo do país, que passou por cirurgia. Como a tendência é se classificar por pouco, ou ficar fora por pouco, essas pequenas variações de nota podem fazer grande diferença.
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