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Newsletter: Brasileira pode disputar Olimpíada e Paralimpíada em Paris-2024

Esta é parte da versão online da newsletter Olhar Olímpico enviada hoje (19). A newsletter completa ainda fala sobre como uma regra que prejudica a China no levantamento de peso pode ajudar o Brasil na Olimpíada de Paris-2024 e traz os bons resultados dos atletas brasileiros na ginástica artística e no judô no último fim de semana. Quer receber antes o pacote completo, com a coluna principal e mais informações, no seu e-mail, na semana que vem? Clique aqui e se inscreva na newsletter. Para conhecer outros boletins exclusivos, assine o UOL.

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Bruna Alexandre está perto de alcançar um feito inédito no esporte brasileiro, e raríssimo no Mundial. Amputada do braço direito, ela já tem quatro medalhas nos Jogos Paralímpicos e, agora, tem grande chance de realizar o sonho de disputar também os Jogos Olímpicos.

O que aconteceu?

No fim de semana, ela ajudou a classificar a equipe do Brasil para as Olimpíadas de Paris. O time verde-amarelo foi vice-campeão do Campeonato Pan-Americano, com vitórias em cinco confrontos e derrota apenas para os EUA, e pegou uma das duas vagas disponíveis para o continente. Resta saber se, agora, ela será uma das convocadas.

Como vai ser em Paris?

No tênis de mesa, a competição por equipes tem formato semelhante ao da Copa Davis, do tênis, com melhor de cinco jogos, sendo que, entre os três primeiros, um é de duplas, e outros dois de simples. Se necessário, jogam-se mais duas partidas de simples. No Pan, cada equipe podia ter quatro jogadoras, mas só três jogando cada confronto.

Para a Olimpíada, a regra muda. A equipe já vai aos Jogos com três atletas. Duas podem jogar a chave de simples, e a terceira compete somente por equipes. Bruna Takahashi, número 37 do ranking mundial, e a irmã dela, Giulia, de 18 anos, 106ª do mundo, têm tudo para serem escolhidas.

Quem disputa a 3ª vaga?

Restaria, assim, uma vaga. Em um passado recente, ela seria de Luca Kumahara, que transicionou de gênero e optou por jogar no masculino. Isso abriu a disputa para Bruna Alexandre, de 28 anos, e Laura Watanabe, de 19. Cada uma participou de quatro jogos no Pan por equipes. Bruna perdeu dois deles, mas foi escalada para os jogos mais difíceis, contra as norte-americanas. Laura fez dois jogos de duplas com Giulia, sua parceira desde a base.

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Será uma disputa interessante, que será decidida pelo técnico Jorge Fanck. Bruna Alexandre tem a favor dela a experiência em grandes competições. Só em Paralimpíadas são quatro medalhas. Laura tem o potencial para outras Olimpíadas. No Pan individual, Bruna foi mais longe, até as oitavas. A campeã Amy Zang, dos EUA, despachou tanto Giulia, na semi, quanto Bruna Takahashi, na final.

E no masculino?

No masculino, a vaga veio sem grandes sustos, com vitórias em todos os confrontos e mais um título pan-americano. Hugo Calderano também não teve grandes dificuldades para vencer em simples. Ele, naturalmente, estará entre os convocados a Paris.

Só que como ele não tem jogado duplas, no Pan em todos os confrontos a escalação contou com Vitor Ishiy e Eric Jouti, que formam a melhor dupla do país e são o segundo e terceiro melhores brasileiros do ranking de simples. Isso deve reduzir o espaço de Guilherme Teodoro, que também joga na liga alemã e está crescendo. Aos 21 anos, ele chegou até as quartas de final do Pan em simples e só foi eliminado em um jogo parelho, de sete sets, pelo argentino Santiago Lorenzo, segundo melhor do continente no ranking mundial.

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