Brasileiro de Basquete da CBB pode virar Copa para sensibilizar clubes
O 'Campeonato Brasileiro' masculino proposto pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não vingou. Com os principais clubes do país fechados em torno do NBB, o consórcio formado pela CBB e pela agência Dream Factory já admite transformar seu torneio em uma Copa que não concorra com a liga.
Dos cerca de 19 clubes que vão participar do NBB e que formam a elite do basquete brasileiro, só Flamengo, Botafogo, Mogi e Bauru compareceram a uma reunião promovida pelo consórcio em meados de agosto. Os demais não quiseram nem ouvir sobre o projeto.
O 'Brasileiro de Basquete' já vem sendo realizado há três temporadas como um torneio de segundo escalão, mas a CBB, que cassou a chancela do NBB, tinha interesse de transformá-lo na principal competição do país. Porém, sem a adesão da elite do basquete, o Brasileiro não mudaria de status.
Reconhecendo essa dificuldade, o consórcio recalculou a rota. O plano de realizar um torneio relevante segue de pé, mas a proposta que está sendo desenhada é de uma competição que ocupe um espaço semelhante à da Copa do Brasil no futebol: que agregue times além da elite, seja um título de expressão, e um caminho mais curto para competições internacionais.
O cenário de hoje é que nenhum clube brasileiro participe da atual edição tanto da BCLA, torneio sul-americano de primeira categoria, quanto da Liga Sul-Americana, de segundo escalão, por decisão da Fiba Américas, enquanto a Fiba estuda se vai interceder no cabo de guerra entre CBB e NBB, seja a favor de um dos lados, ou exigindo um acordo.
No fim de semana, o Sesi/Franca ganhou o Torneio Intercontinental da Fiba, tratado por aqui como 'campeonato mundial' e, mesmo sendo o atual campeão também do NBB e da BCLA, não tem sua participação confirmada na próxima edição da competição sul-americana. São Paulo e Flamengo, vice e terceiro colocados do último NBB, também aguardam.
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