Ginástica: Equipe masculina fecha dia em 10º, e vaga olímpica fica difícil
A equipe masculina de ginástica artística do Brasil não vai bem na briga por uma vaga em Paris-2024. O time fechou o primeiro dia de eliminatórias em 10º lugar no Mundial da Antuérpia (Bélgica) e dependerá de apresentações ruins de rivais diretos para ir à Olimpíada. Individualmente, só Arthur Nory tem chance de fazer final, na barra fixa.
Se classificam à Olimpíada com equipe completa as 12 primeiras colocadas, uma vez que os três medalhistas do ano passado (Japão, China e Grã-Bretanha), já garantidos em Paris, estão novamente no topo. O Brasil, por enquanto, é décimo.
Como está a briga por equipes?
Amanhã se apresentam as últimas oito equipes, e no máximo duas delas podem ultrapassar os 245,295 pontos feitos pelo Brasil na primeira subdivisão de hoje. Itália e Suíça são fortes candidatas a conseguirem isso, mas França, Coreia do Sul, Hungria e Canadá também têm nível para entrar na zona de classificação.
A competição tem mostrado notas mais altas do que do Mundial do ano passado, mas o Brasil piorou seu desempenho em 0,099, muito por conta da ausência de Caio Souza, machucado. Arthur Zanetti também não competiu, segundo a comissão técnica por ter tido um quadro de gripe que o tirou dos treinos nas últimas semanas.
Neste sábado, Bélgica (245,094), Israel (245,029) e Uzbequistão (244,229) não ultrapassaram o Brasil por pouco. Mas, na última rotação, o time brasileiro foi deixado para trás por Alemanha (248,862), Espanha (247,795) e Holanda (246,028), rivais diretos pela vaga.
Outras chances
Ainda que a classificação com equipe não venha, o Brasil não deve sair do Mundial de mãos abanando. Se terminar em 13º, 14º ou 15º, o país terá direito a levar um ginasta a Paris.
No individual geral há a distribuição de oito vagas, uma por país, a ginastas de países sem classificação por equipes. Diogo Soares, por enquanto o 18º colocado, tem boas chances. O ranking da fase de classificação deve definir os oito classificados e, à frente do brasileiro, entre os países sem vaga, só aparecem Casaquistão, Israel e Armênia.
Por fim, vai à Olimpíada o melhor de cada aparelho entre aqueles cujos países não têm vaga por equipes, e sem contar os ginastas que classificarem seus países pelo individual geral. A única chance do Brasil é na barra fixa. Bronze neste aparelho no ano passado, Arthur Nory é oitavo, por enquanto, e tem a sétima vaga na final — só dois, dos três japoneses, podem disputar medalha.
O que Nory precisa?
Ele depende que no máximo um atleta, nas subdivisões de amanhã, faça mais que 14,133, e na final precisa superar o croata Tin Srbic, atual campeão europeu. Entre os ginastas que foram bem no aparelho no ano passado, só o húngaro Balazs (foi 13º) e o italiano Macchini (15º) ainda não se apresentaram.
Se o Brasil se classificar por equipes, poderá levar cinco ginastas a Paris, e sai das disputas das vagas no individual geral e por aparelhos. Se não, e conseguir essas três vagas na Antuérpia, atinge a cota máxima de vagas individuais. Mas, se voltar da Bélgica só com uma ou duas vagas, poderá completar a lista tanto no individual geral do Pan quanto pela Copa do Mundo do ano que vem, por aparelhos. Aí, Arthur Zanetti ganha chance.
Deixe seu comentário