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Brasil fica sem vaga olímpica por equipes na ginástica masculina por 0,165

A ginástica artística masculina do Brasil falhou no seu objetivo principal, que era classificar equipe completa aos Jogos Olímpicos de Paris. O time, que precisava ser top12, terminou o Mundial da Antuérpia (Bélgica) na 13ª colocação, a 0,165 pontos da vaga que ficou na mão da Ucrânia.

Ao menos conquistou o direito de levar dois ginastas às Olimpíadas, um deles com passaporte carimbado: Diogo Soares. Arthur Nory precisa ficar à frente de um croata na final da barra fixa para pegar a terceira e última vaga possível para o país. Ele e Diogo são os únicos brasileiros classificados às final no masculino. No feminino, o torneio começa amanhã.

Entre os homens, a competição por equipes teve nível inédito de equilíbrio. Ucrânia (245,461), Brasil (245,295), Coreia do Sul (245,229), Bélgica (245,094) e Israel (245,029), que brigaram diretamente pela última vaga, foram separados por menos de meio ponto. Mesmo a Holanda, que ficou em 11º, somou só pouco mais: 246,028. O time brasileiro competiu desfalcado do seu principal ginasta, Caio Souza, que rompeu o tendão de Aquiles.

Vagas conquistadas

Sem equipe, o Brasil pode ter até três ginastas em Paris. Duas vagas já estão alcançadas. Uma, como consolação pela equipe ter ficado entre o 13º e o 15º lugares do Mundial. Caberá à comissão técnica escolher o convocado, com boas chances para Caio Souza, que em tese volta a competir no começo do ano que vem.

A outra foi conquistada por Diogo Soares, 26º colocado do individual geral, que está com o passaporte carimbado para Paris e para a final do Mundial — são 24 vagas na final, mas Itália e Japão tiveram três atletas à frente dele, e só dois podem brigar por medalhas.

A prova distribui oito vagas olímpicas a ginastas cujas equipes não se classificaram, mas, nessa corrida paralela, só ele seis estão na final: um atleta do Cazaquistão, um de Israel, um da Armênia, um da Holanda e um Coreia do Sul.

Terceira e última vaga

O Brasil ainda pode classificar um terceiro atleta pelo Mundial: Arthur Nory. Bronze no ano passado, ele pegou a oitava e última vaga na final da barra fixa, e briga pela classificação olímpica dada ao melhor do aparelho entre aqueles que ainda não vão com equipe. A disputa é entre Nory, que teve nota 14,133, e o croata Tin Srbic, que tirou 14,433. Se o Brasil for a Paris, poderá competir em todos os aparelhos.

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Se Nory não se classificar, o Brasil terá outras duas chances de conquistar a terceira vaga. A primeira, pelo individual geral dos Jogos Pan-Americanos, mas Diogo Soares não participa dessa briga, nem canadenses e norte-americanos, cujos países já estão classificados.

No Mundial, o melhor entre os elegíveis foi Patrick Sampaio, 35º com 79,931 pontos. A comissão técnica, porém, pode optar por escalar Yuri Guimarães para fazer todos os aparelhos no Pan e também brigar pela vaga, que é nominal.

Por fim, se as primeiras opções falharem, o Brasil pode concorrer pela Copa do Mundo do ano que vem, por aparelhos. Nory seria o favorito a buscar essa vaga, na barra fixa, já que os atletas mais fortes do aparelho são de países já classificados.

Arthur Zanetti, que foi reserva no Mundial por questões físicas, também poderia concorrer. Mas, nas argolas, quatro dos finalistas não têm vaga olímpica. Só um deles irá conquistar pelo Mundial, e os demais vão precisar disputá-la nas Copas do Mundo, em uma corrida que promete ser mais disputada.

Reportagem

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