Simone Biles apresenta novo salto no Mundial e sobra contra rivais
Simone Biles deu um show na sua volta às grandes competições internacionais, mais de dois anos depois de abandonar a Olimpíada de Tóquio. Neste domingo (1), ela encerrou sua apresentação no Mundial de Ginástica Artística da Antuérpia (Bélgica) com a melhor nota em três aparelhos, e a segunda melhor do quarto.
Os Estados Unidos se apresentaram na segunda de 10 subdivisões que vão acontecer entre hoje (1) e amanhã (2). Das grandes equipes, só a Itália já havia competido. Mas, só a distância entre Biles e suas companheiras já dá o tom do que ela pode fazer.
Biles somou 58,865 pontos nos quatro aparelhos, contra 56,932 de Shilese Jones, também norte-americana, e 54,698 de Manila Esposito, melhor italiana, e candidata ao pódio. No Mundial do ano passado, como comparação, Rebeca Andrade fez 57,332 e, Jones, 55,766, para avançar em segundo.
Na Antuépia, e expectativa é pelo confronto entre Biles e Rebeca no individual geral, ainda que a norte-americana seja favorita. O Brasil fará sua apresentação nas eliminatórias amanhã, a partir das 8h de Brasília, com o primeiro objetivo de classificar a equipe às Olimpíadas de Paris. Precisa, para isso, terminar entre as 12 primeiras.
Se tudo correr dentro do esperado, o Brasil não só ficará no top12 como deve avançar à final e concorrer a uma inédita medalha por equipes. Os EUA são favoritos ao ouro (somaram 171,395 pontos), e a briga por prata e bronze deve envolver também a Itália (que foi mal com 162,230) e a Grã-Bretanha.
Por aparelhos, Biles será, novamente, a atleta a ser batida — e, Rebeca, uma das candidatas a batê-la. No salto, ela apresentou o Yurchenko Double Pike, que agora se chama Biles II. O elemento é o mais difícil existente e deu à norte-americana uma nota 15,266, que poderia ter sido incríveis 0,500 maior se o técnico dela não tivesse se posicionado no colchão, para segurá-la se fosse necessário. Não foi.
Biles terminou as eliminatórias com média 14,949 no salto, disparada em primeiro, e também liderando na trave, com 14,566, e no solo, com 14,633. Nos dois aparelhos ela tem mais de meio ponto sobre Jones, segunda colocada. Nas assimétricas, a ordem se inverte: Jones em primeiro, com 14,833, e Biles em segundo, com 14,400.
É nas assimétricas a grande chance de Rebeca vencer Biles. Na Copa do Mundo de Paris, a brasileira tirou nota 14,600, e saiu com gostinho de que poderia ter tido sua apresentação mais valorizada.
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