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Scheffer muda de treinador e cidade para repetir pódio olímpico em Paris

Medalhista de bronze nos 200m livre em Tóquio-2020, na medalha mais improvável conquista pelo Brasil no Japão, Fernando Scheffer não conseguiu manter o nível de resultados desde então. Para voltar ao pódio em Paris, ele trocou de cidade e de treinador.

No mês passado, anunciou que havia deixado de treinar em Belo Horizonte (MG), sob o comando do técnico Sergio Marques, e passaria a trabalhar sob orientação de Fernando Possenti no Rio de Janeiro.

"Nenhum ciclo se encerra e nenhuma relação se rompe. Apenas uma continuidade no processo, no trabalho desenvolvido por anos por tantos profissionais que já participaram da minha carreira", escreveu nas redes socias.

O arranjo, intermediado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), beneficia não apenas Scheffer como também outras atletas da seleção brasileira de natação, como Maria Fernanda Costa, Bia Dizotti e Gabi Roncatto, que vão continuar treinando com Possenti no Parque Aquático Maria Lenk.

Possenti tem uma equipe aos seus cuidados, mas não um clube que o emprega. Ele é funcionário CLT do COB, contratado como parte do Programa de Preparação Olímpica (PPO), voltado à preparação de atletas com potencial de medalhas nos Jogos Olímpicos, por ser treinador de Ana Marcela Cunha.

Quando a campeã olímpica das águas abertas rompeu com Possenti e escolheu o italiano Fabrizzio Antonelli como seu novo treinador, o COB passou a pagar por essa estrutura de treinamento dela na Itália, enquanto que a de Possenti, no Rio, deveria deixar o PPO, já que não contava com nenhum atleta do programa.

Agora no Scheffer no time, Possenti continua no PPO como contratado do COB, utilizando a estrutura do Maria Lenk. "O treinador Fernando Possenti é um profissional de qualidade reconhecida nacionalmente e internacionalmente em sua modalidade e que muito pode contribuir para o desenvolvimento da natação brasileira", comentou o COB.

A equipe que treina sob o comando dele teve os melhores resultados do Troféu Brasil, com destaque para as provas de Gabi e Mafê nos 200m e nos 400m livre, enquanto que no Mundial a única finalista mulher foi Bia, nos 1.500m livre. Enquanto isso, Scheffer foi apenas o 16º colocado dos 200m livre, fechando raia na semifinal. No Mundial do ano passado, ele também havia parado nesta etapa, mas em nono.

Entendendo que precisava sair da zona de conforto para voltar a evoluir, Scheffer optou por deixar Belo Horizonte, onde morava há seis anos, desde que se destacou no GNU de Porto Alegre, e seguir para o Rio. O medalhista olímpico, porém, segue como atleta do Minas Tênis Clube.

Reportagem

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