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Seleção masculina de ginástica sofre no cavalo e é bronze no Pan

Uma apresentação inconsistente, muito boa em três aparelhos, e muito ruim em outros dois, deixou o Brasil com a medalha de bronze por equipes masculinas na ginástica artística do Pan de Santiago, neste sábado (21) à noite. É o pior resultado do time desde 1999, mas é preciso ponderar que os EUA trouxeram ao Chile uma boa equipe B, e o Canadá está aqui com a mesma formação que foi finalista mundial.

O Brasil chegou a brigar diretamente com os EUA pelo ouro, depois de ótimas passagens nas barras paralelas e na barra fixa, e bom momento no solo. Mas uma competição desastrosa no cavalo com alças jogou a nota do time brasileiro para baixo. Sem Arthur Zanetti e Caio Souza, machucados, as notas nas argolas também foram ruins, e restou ao time se contentar com o bronze.

No fim, o desempenho confirmou que o resultado do Mundial, um 13º lugar, que deixou o Brasil fora das Olimpíadas de Paris, não foi um acidente de percurso. Com a mesma equipe, mas outra escalação, a nota final foi semelhante, apenas 0,1 melhor. Em Santiago, faltou 1,4 para passar o Canadá e ser prata.

A apresentação deste sábado também valeu para classificar os ginastas às finais do individual geral, na segunda, e por aparelhos, na terça e na quarta. Na prova que define o ginasta mais completo, e dá uma vaga olímpica, Diogo Soares (81,932) e Arthur Nory (81,231) avançaram.

Se a comissão técnica não mudar a escalação para a final, já que Diogo já está com passaporte carimbado para Paris, Nory tem tudo para fazer o mesmo. Ele somou 1,2 a mais que o melhor concorrente, um argentino — norte-americanos e canadenses, classificados a Paris por equipes, não entram na conta.

Por aparelhos, o Brasil foi especialmente bem na barra fixa. Bernardo, Nory e Diogo tiveram as três melhores notas, mas só dois podem estar na final. No solo, Yuri passou em terceiro, e Nory em quarto. Nas paralelas, o Brasil terá Bernardo e Diogo. Eles passaram em quarto e quinto, respectivamente. No salto, Yuri avançou em primeiro e, Nory, em terceiro.

No total, Nory briga por quatro medalhas. Diogo em três, Yuri e Bernardo em duas. Por outro lado, no cavalo com alças e nas argolas o país sequer terá representantes na final. No cavalo, o melhor, Diogo, foi só o 11º. Nas argolas, o mesmo ginasta foi 13º.

Reportagem

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