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Rebeca realiza sonho e curte vibe do Pan, mas não vê a hora de ter férias

Rebeca Andrade passou quase um ano inteiro sem competir. Pouco mais de um mês depois, está exausta. Não à toa. Desde que abriu a temporada na Copa do Mundo de Paris, em meados de setembro, fez praticamente todas as apresentações possíveis no Mundial da Antuérpia (Bélgica), passou nem uma semana no Brasil e já está em Santiago para a disputa do Pan.

"Gente, eu preciso de férias. Meu foco está aqui, tem os outros dias de competição, mas depois eu preciso de férias. Eu preciso dar um descanso para a vista das pessoas. As pessoas ligam a televisão e está passando a equipe do Brasil. Preciso dar um descanso para vocês", brincou Rebeca, falando sério, na zona mista após a prata por equipes no Pan de Santiago.

Existe uma grande preocupação com a condição física de Rebeca, e de toda a equipe que foi vice do Mundial e, agora, é vice do Pan. Poupar a grande estrela da ginástica brasileira de ir a Santiago até seria uma opção, mas ela mesma pediu para competir no Pan. Queria sentir o gostinho, depois de perder os dois últimos por duas cirurgias no joelho.

"Eu nunca tinha ido para os Jogos Pan. É uma experiência incrível. Você fica na vila, como nas Olimpíadas, mas a experiência é diferente, porque cada competição é diferente. Mas eu queria ter isso na minha carreira, vivenciar isso com a minha equipe. Estou muito feliiiiiz", revelou, prolongando a expressão de felicidade.

Rebeca ainda não sabe o que será da carreira dela depois de Paris-2024 — e a aposentadoria é uma possibilidade —, então vir a Santiago era uma chance talvez única de disputar um Pan. E, pensando nisso, a comissão técnica já fez um planejamento anual para que Rebeca (e toda a equipe) tivesse condições de competir no Pan logo em seguida do Mundial.

Para a campeã olímpica, isso passou por tirá-la das provas de solo, o que significa seis apresentações a menos: o solo da classificação, toda a final do individual geral, e a própria final do solo. São duas chances de medalhas a menos, mas um descanso bem maior para o corpo que, na Antuérpia, só não competiu na final das assimétricas. De resto, estava em todas.

Flavinha também é poupada

Flávia Saraiva fez todos os aparelhos nas eliminatórias, vai repetir a sequência na final do individual geral hoje, e se classificou a três finais por aparelhos. Mas ela, que passou por cirurgia no fim do ano passado, também está sendo poupada. A série no solo é mais simples, em grau de dificuldade, do que a que ela levou ao Mundial.

"O Mundial foi uma competição muito extensa, e eu fiz a série do Mundial em três semanas e vim de uma cirurgia muito grande. Estou aqui para fazer uma série segura e sair da competição bem. Quero sair bem porque tem Olimpíadas no ano que vem. O mais importante é focar na minha saúde e, na competição, competir da melhor forma."

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