Nory é ouro na barra, prata no salto, e faz dobradinha com Bernardo
A vaga olímpica não veio, mas Arthur Nory fechou os Jogos Pan-Americanos mostrando que, sete anos após o bronze olímpico no Rio, ainda é o grande nome da ginástica artística masculina brasileira. Ele, que já havia conquistado o bronze por equipes, no sábado, e a prata no solo, ontem (24), ainda ganhou o ouro na barra fixa e a prata no salto, hoje (25). E por pouco não foram dois ouros.
Na barra fixa, ele sobrou. Fez uma apresentação de 14,333 pontos, que valeria o quinto lugar na final do aparelho no Mundial, e só viu Bernardo Miranda, outro brasileiro, chegar perto. Estreante no Pan, Bernardo ganhou sua primeira medalha individual, uma prata, com a nota 14,133. É a segunda dobradinha de ouro e prata do Brasil no dia.
Nory terá que buscar a vaga em Paris a partir de um circuito de quatro Copas do Mundo por aparelhos entre fevereiro e março do ano que vem. Pelo desempenho no Pan, mostrou que tem tudo para carimbar o passaporte pela barra fixa, mas que pode também tentar pelo solo e pelo salto.
Mais cedo, tanto ele quanto o dominicano Audrys Min Reyes ficaram com 14,466 de média no salto. Nesses casos, o ouro vai para quem tem a maior nota em uma das apresentações. O dominicano teve um 14,566 e um 14,366, enquanto o brasileiro teve 14,500 no primeiro salto, e 14,433 no segundo. Foi mais regular, mas o que é valorizado é o salto acima da curva.
Havia a expectativa de que Yuri Guimarães também pudesse disputar o pódio, depois de se classificar em primeiro à final, mas ele teve uma chegada ruim no segundo salto, depois de tirar 14,533 no primeiro, e terminou na quarta colocação. O bronze foi para Felix Dolci, do Canadá, que já havia sido campeão do individual geral.
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