Darlan assume papel de 'chama' e acende a seleção de vôlei no Pan
Maior pontuador da estreia. Maior pontuador do segundo jogo. Maior pontuador (de longe) da partida mais difícil. Darlan vem sendo, no Pan, novamente, o grande nome da seleção brasileira masculina de vôlei. Mas não só colocando a bola no chão. Como ele mesmo diz, o oposto é a chama que esquenta o time.
"Vou fazendo tudo que eu posso porque alguém tem que ser essa chama do time. Tem o Maique, que também ajuda bastante nisso, mas eu acho que se eu me deixar levar [pelos meus erros], o astral do time pode cair um pouco", diz o jogador, que assume esse papel naturalmente.
"É o meu jeito, é a minha forma de agir. Eu sempre fui assim, sempre vou ser assim. A gente estava perdendo, eu estava dançando. É meu jeito e eu não vou mudar, independente se o pessoal gosta ou não gosta", continua, já alertando eventuais descontentes, se é que eles existem.
Darlan parece unanimidade desde que foi determinante para que o Brasil conseguisse a classificação para Paris-2024 pelo Pré-Olímpico. Assumiu, mais do que a titularidade, o protagonismo do time. É ele quem levanta a equipe, quem gera frisson no ginásio, e quem é a primeira opção no ataque.
"Ele gosta de jogar assim, de estar no jogo, receber a bola. É um atleta que não se incomoda com o erro, a ação que não é tão efetiva. Exemplo no tie-break, a gente tinha a bola para fazer o match point, ele tomou o block, na segunda já vai para ele de novo, ele ataca alto e roda a bola. Ele não sente o erro, esá sempre no jogo, gosta de receber muitas bolas, precisa estar no jogo, inflar. Ajuda a equipe, ajuda o levantador, mas é um jogador espetacular, e que vai evoluir muito ainda", avaliou o levantador Brasília, após a vitória por 3 a 2 sobre Cuba, ontem (1).
Darlan fez 28 pontos só nesta partida, mais do que um set inteiro. Na reta final da partida, praticamente todas as bolas foram levantadas para ele, mesmo depois de um bloqueio voltar no seu pé.
"Eu gosto muito dessa sensação do 24 a 24. No 15 a 15, eu tomei um toco, paciência, se a gente perder eu assumo a culpa. Vem a bola em mim de novo e acabou que eu fui feliz nela. Isso é normal, é coisa de atleta, você vai lutar com a pressão. Eu sou oposto, né? Sou o cara que vai receber a bola nessa hora, no 24, vai receber os pepinos. Mas acho que eu estou lidando bem", reconhece.
Com 59 pontos na competição, sendo oito aces, Darlan volta à quadra com a seleção brasileira na sexta, às 20h30, para pegar quem passar entre Chile e Colômbia. A final será no sábado, às 20h.
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