Ex-NBA, Didi joga o Pan após um passo atrás e volta ao Brasil
Último jogador brasileiro a estrear na NBA, Didi Louzada precisou dar um passo atrás para poder voltar a andar para frente. Ele fechou para jogar esta temporada pelo Flamengo e está nos Jogos Pan-Americanos como o mais conhecido internacionalmente de uma equipe formada especialmente por jovens.
"Precisei dar um passo atrás para poder dar um para frente de novo. Estou feliz de voltar para o Brasil para mostrar meu jogo para a torcida brasileira e para o mundo", diz ele, que reconhece que, retornar ao basquete brasileiro depois de jogar a NBA não foi uma decisão fácil. Pelo contrário.
"Sofri com muita lesão ao longo da minha carreira. Acho que essas lesões que eu tive, principalmente essa das costas, foi o que me botou de volta para o Brasil, até mais para eu poder pegar meu ritmo de volta, a confiança que eu tinha, para representar bem o Brasil, no NBB, na Europa, ou de volta na NBA", afirma.
Didi foi revelado pelo Franca e tinha 20 anos quando foi draftado na NBA, para jogar pelo New Orleans Pelicans. Ganhou experiência internacional jogando duas temporadas na Austrália, estreou de fato na NBA em 2021, mas logo foi trocado pelo Portland Trail Blazers. Até hoje, tem só 12 jogos na liga, e outros 10 na G League, de desenvolvimento.
"Didi teve muitas lesões, infelizmente isso atrapalhou bastante ele. Agora a gente espera que ele consiga dar sequência, tanto no Flamengo quanto na seleção, porque é um jogador internacional muito importante, nível NBA. Ele já vem demonstrando evolução, tanto no Flamengo quanto aqui, e a gente espera ajudar ele nisso", diz o técnico do Fla e da seleção, Gustavo de Conti.
O ala, que está com 24 anos, não esconde que o objetivo é voltar para a NBA, ou ao menos conseguir um bom contrato na Europa. Esse é um objetivo que eu tenho, o sonho de voltar para NBA sempre vai ter, se não for NBA, tentar Europa no ano que vem, ou num futuro próximo."
No Flamengo, além de disputar o NBB, ele também vai jogar a Champions League America, torneio no qual a participação dos clubes brasileiros estava posta em dúvida. Didi entende que a competição é uma boa oportunidade para ele. "Vai ser importante para mostrar meu jogo pros times da Europa e da NBA, mostrar o que sou capaz de fazer, melhor do que eu fiz antigamente."
O Pan também, claro, é uma vitrine. Ele fez 11 pontos na estreia contra o México, na terça (31), e mais 11 contra o Chile, ontem. Hoje a equipe enfrenta Porto Rico para fechar a fase de classificação. "A seleção pode contar comigo sempre, porque eles sabem do meu jogo, do que sou capaz. Posso ajudar no Pré-Olímpico em breve, também. Estou trabalhando forte e espero ser convocado para esse Pré-Olímpico", continuou, em referência à competição, em junho do ano que vem, que poderá levar o Brasil a Paris-2024.
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