Bárbara Domingos é primeira brasileira campeã individual do Pan na GR
Bárbara Domingos se tornou, nesta quinta-feira (2), a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro individual na ginástica rítmica dos Jogos Pan-Americanos. Já classificada às Olimpíadas, ela venceu uma competição de altíssimo nível que teve Evita Griskenas, dos EUA, com a prata, e o fenômeno brasileiro Maria Eduarda Alexandre, de 16 anos, com o bronze.
Babi somou 129,550 pontos, contra 127,400 de Evita, que defendia o título, e 127,250 da estreante Maria Eduarda. Geovanna Santos, a Jojô, terminou em sexto, com 118,950. Até então, o melhor resultado do Brasil nesta prova que soma as notas das quatro apresentações em aparelhos (bola, maças, arco e fita) e que é a única disputada em Olimpíadas, havia sido um bronze de Natália Gaudio em Lima-2019.
Vale muito
A GR vai determinar o sucesso do Brasil no quadro geral de medalhas dos Jogos Pan-Americanos porque só no individual são distribuídas cinco medalhas de ouro, que costumam ficar concentradas. Em 2019, Evita ganhou quatro. Em 2015, a também norte-americana Laura Zeng faturou todas as cinco. Desta vez, há a expectativa de que elas se dividam entre Maria Eduarda e Babi.
Bárbara, de 23 anos, já vem quebrando tabus na GR brasileira. Em agosto, conquistou um inédito 11º lugar no individual geral do Mundial, além da vaga olímpica. Jojô, atual campeã brasileira, também participou daquela competição, foi muitíssimo bem no primeiro dia, mas depois derrubou as maças e a fita, e acabou fora da Olimpíada.
Na ocasião, a CBG preferiu não quebrar uma hierarquia não escrita, e optou por levar Jojô e Babi ao Mundial, deixando Maria Eduarda de fora, mesmo ciente do potencial dela, apontada como a melhor atleta da modalidade já formada no Brasil. E foi esse potencial que ficou claro em Santiago. Mesmo deixando a bola cair naquela série, levou o bronze, muito perto da prata. A comissão técnica chegou a contestar a nota nas fitas, sem sucesso.
Oito vagas em finais
Diferente da ginástica artística, que tem classificatória, final do individual geral e finais por aparelhos, na GR o primeiro momento do torneio, que terminou hoje, vale tanto como fase de classificação para as finais por aparelhos quanto como decisão do individual geral.
E, assim como na artística, cada final pode ter no máximo duas atletas do mesmo país. Por isso, Geovanna vai ficar fora de três finais e, Maria Eduarda, de uma. Bárbara avançou com a melhor nota em dois aparelhos e, Maria Eduarda, em outros dois.
No arco, ontem, Maria Eduarda avançou em primeiro (33,550), e Bárbara em quarto (32,000). Jojô deixou cair o aparelho e ficou em sétimo, fora da final como pior das brasileiras. Na bola, Babi teve a melhor nota (33,200), e Jojô a quarta (30,850). Maria Eduarda, com uma falha grave, ficou em sexto (30,750).
Hoje, nas maças, as duas melhores notas foram de brasileiras: Maria Eduarda (33,250) em primeiro, Bárbara (32,200) em segundo. Jojô foi sexta (29,900), arriscando trazer ao Pan uma série nova, que ela só treinou por cerca de um mês. Depois, nas fitas, Bárbara sobrou, com 32,150, com Maria Eduarda em terceiro (30,600). Jojô ficou em sexto (29,550).
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