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Brasileiras dão show e fazem duas dobradinhas de ouro e prata na GR

A ginástica rítmica do Brasil, que há quase um quarto de século é a melhor das Américas no conjunto, agora é definitivamente a melhor do continente no individual. Isso ficou mais uma vez claro hoje, quando as duas primeiras finais por aparelhos tiveram dobradinha de ouro e prata para o país.

Apontada como candidata aos melhores resultados da história da ginástica rítmica brasileira, Maria Eduarda Alexandre, de 16 anos, eu seu primeiro ano no adulto, venceu no arco, com Bárbara Domingos em segundo. Depois, a própria Babi ganhou na bola, seguida de Geovanna Santos, a Jojô.

O resultado é histórico para o país, que, até ontem, nunca havia ganhado um ouro na GR individual. Agora, tem três, Ontem, Babi já havia vencido o individual geral, única prova que tem distribuição de medalhas nas Olimpíadas, com Maria Eduarda em um contestado terceiro lugar, atrás da norte-americana Evita Griskenas, que teve notas infladas.

Como foram as finais

No arco, Bárbara foi a primeira a se apresentar, com nota 32,550. Maria Eduarda, ginasta da Agito (PR), veio depois e subiu o sarrafo para 32,700, uma nota não tão boa quanto nas eliminatórias — ali ela teve 33,500. Isso deixou a disputa pelo ouro aberta. Mas Evita Griskenas, dos EUA, teve imprecisões, e tirou 31,950. Marina Malpica, do México, deixou cair o arco no último movimento e ficou com 29,500, em quarto.

Já na final da bola, a favorita era Bárbara, que se classificou em primeiro e começou bem a decisão, com nota 33,000. Concorrentes à prata, Malpica (31,250) e Griskenas (31,500) deixaram a briga aberta até a série de Geovanna Santos. Classificada só para esta final, já que existe um limite de duas atletas por país, e nas outras ela ficou atrás de Babi e Maria, Jojô não desperdiçou a chance. Cravou a série, tirou 31,650, e ficou com o segundo lugar. Griskenas ganhou os dois bronzes.

Vem oito ouros?

A GR vai determinar o sucesso do Brasil no quadro geral de medalhas dos Jogos Pan-Americanos porque só no individual são distribuídas cinco medalhas de ouro, que costumam ficar concentradas. Em 2019, Evita ganhou quatro. Em 2015, a também norte-americana Laura Zeng faturou todas as cinco. Desta vez, há a expectativa de que elas se dividam entre Maria Eduarda e Babi, que já somam três títulos.

Amanhã, Bárbara e Maria Eduarda ainda estão nas finais da fita e das maças. Além disso, o Brail compete nas duas finais por aparelhos no conjunto, também como candidato ao ouro.

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Bárbara, de 23 anos, já vem quebrando tabus na GR brasileira. Em agosto, conquistou um inédito 11º lugar no individual geral do Mundial, além da vaga olímpica. Maria Eduarda acabou fora da convocação, preterida por Geovanna Santos, que vinha do título brasileiro e do vice no Campeonato Pan-Americano, atrás só de Bárbara. Por isso, ela só poderá fazer sua estreia olímpica em Los Angeles-2028.

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