Ginástica de trampolim encerra jejum de 12 anos e ganha 4 medalhas no Pan
A ginástica de trampolim do Brasil voltou ao pódio dos Jogos Pan-Americanos hoje (4), depois de 12 anos, e de forma contundente, com quatro medalhas em quatro provas. Se, pela manhã, faturou uma prata e um bronze no sincronizado, à tarde ganhou duas pratas no individual. Uma no masculino, com Rayan Castro, e outra no feminino, com Camilla Lopes.
Na modalidade, o Pan é um aquecimento para o Mundial, que vai acontecer na semana que vem, na Inglaterra, valendo vaga olímpica para os oito melhores homens e oito melhores mulheres. Camilla é fortíssima candidata a carimbar o passaporte, e agora Rayan mostrou que também tem plenas condições disso.
Neste ano, Camilla ganhou um ouro, uma prata e um bronze em quatro finais de Copa do Mundo. No Pan, a carioca de 29 anos, mostrou a consistência que faltava na carreira dela. Em Toronto-2015, passou à final em segundo, mas terminou em sexto. Em Lima-2019, se classificou em primeiro, mas caiu logo no início da série e ficou em oitavo e último lugar da final.
Hoje, não fez uma série precisa, saindo bastante do centro do trampolim (quanto mais perto dele, maior a nota), mas conseguiu completar a exibição. Tirou nota 53,840, e só terminou abaixo da norte-americana Jessica Stevens, sexta colocada do último Mundial, que teve 54,990. Nas Copas do Mundo, a brasileira vinha pontuando com acima de 55 pontos.
O bronze ficou com a mexicana Dafne Navarro, enquanto a outra brasileira na final, Alice Gomes, terminou em quinto lugar. Pela manhã, com uma série mais simples do que a que vão levar ao Mundial na Inglaterra, Alice e Camilla ficaram com a prata no trampolim sincronizado, prova disputada pela primeira vez no Pan. No Mundial, elas são candidatas ao ouro.
No masculino, Rayan e Lucas Tobias ganharam o bronze pela manhã. À tarde, Rayan disputou a final com a série mais difícil da vida, que ele vai levar ao Mundial, e tirou boa nota 58,720. Com essa nota, ele teria sido vice-campeão mundial no ano passado.
Em Santiago, o desempenho não valeu ouro porque o colombiano Angel Hernandez foi ainda melhor, com 58,930. Angel está entre os melhores do mundo e, no ano passado, teve a quinta melhor nota do Mundial.
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