Newsletter: Brasil evolui e quase dobra finais no Pan, mas idade preocupa
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O total de medalhas e a quantidade de ouro costumam ser as métricas para medir a força da campanha de um país em um evento como os Jogos Pan-Americanos. Quase sempre o número de medalhas de prata é deixado de lado.
Mas para entender o sucesso do Time Brasil no Pan de Santiago, é fundamental olhar esse dado: o Brasil ganhou 73 pratas no Chile, só uma a menos que os EUA, e 28 a mais do que em Lima-2019.
Por que as pratas importam?
Elas mostram um Time Brasil que chegou a muito mais finais em Santiago-2023 do que em Lima-2019. E que, por isso, aumentou tanto o número de ouros quanto de prata. Há quatro anos, os brasileiros disputaram 30 confrontos que decidiam campeão e vice. Agora, 54.
O aproveitamento se manteve estável. Se em Lima foram 16 vitórias e 14 derrotas, nas finais de Santiago o Brasil ganhou 27 e perdeu 26. E poderia ter sido mais se, no boxe, dois atletas não tivessem sido poupados de lutar, e perdido por WO.
Ganhar e perder faz parte, mas a chance de ficar com o ouro aumenta consideravelmente quando se está na final. É 50/50. Daí a importância de se estar em mais finais. Claro que pesou a escalação de equipes mais fortes este ano no vôlei, no tênis e no judô, mas também houve melhora no boxe, wrestling, tênis de mesa e tiro com arco, por exemplo.
Quando a idade pesa
Na contramão, há um dado preocupante: os medalhistas de ouro em provas individuais ficaram mais velhos. Em novembro de 2019, os brasileiros campeões do Pan daquele ano tinham, em média, 26,2 anos. Agora, têm 26,9 — considerei, para a conta, a idade cheia, só levei em consideração as provas olímpicas, e, em duplas, contei a idade média dos componentes.
Este número fica mais grave quando observamos que diversos dos bons atletas 30+ do Time Brasil, candidatos a medalha em Paris, que poderiam ter causado esse aumento médio, ou não competiram em Santiago por questão física ou não ganharam ouro.
Entram na conta Ana Marcela (31, prata), Bruno Fratus (34, não foi), Mayra Aguiar (32, não foi), Baby (36, prata), Kelvin Hoefler (30, não foi), Caio Souza (30, não foi), Arthur Zanetti (33, não foi), Caio Bonfim (32, prata), Erica Sena (38, não foi) e Marlon Zanotelli (35, cavalo refugou). Isaquias Queiroz, que entra no time dos 30 daqui a dois meses, também foi prata.
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