COI autoriza russos a competirem como 'atletas neutros' em Paris-2024
O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou, nesta sexta-feira (8), que atletas de passaporte da Rússia e de Belarus participem dos Jogos Olímpicos de Paris, no ano que vem, defendendo a equipe de "atletas neutros". Não poderão, assim, ter bandeiras, emblemas ou hinos de seus países.
A medida já era esperada, uma vez que o COI já havia autorizado que as federações internacionais fizessem o mesmo, permitindo que russos e belarusssos competissem em eventos como Campeonatos Mundiais e Copas do Mundo. A entidade alega que atletas não podem ser punidos por ações de seus governos — Rússia e Belarus invadiram a Ucrânia durante a trégua olímpica, em fevereiro de 2022.
No começo da semana, em um encontro com outras autoridades do movimento olímpico, as associações de federações internacionais, de comitês olímpicos e de atletas defenderam a presença deles como neutros em Paris-2024. O COI, porém, rejeitou ali a sugestão de abrir novas vagas nas Olimpíadas para os russos e belarussos prejudicados na corrida olímpica por terem perdido grandes seletivas.
Em comunicado hoje, o COI confirmou que autorizará a participação de atletas de passaporte da Rússia e de Belarus desde que eles se classifiquem "no campo de jogo" e com base nas regras recomendadas às federações internacionais em março.
Isso significa que atletas poderão competir individualmente, mas não como equipe. A Rússia, assim, não jogará no vôlei, basquete ou handebol, por exemplo. Também não terá equipes completas em modalidades na qual costuma conquistar medalhas, como a ginástica artística e o nado sincronizado.
Mas não há mais impedimento para que as melhores ginastas da Rússia disputem a Copa do Mundo de Ginástica e se classifiquem individualmente. Elas só precisam se enquadrar nas outras condições impostas pelo COI, como não terem ativamente apoiado a guerra contra a Ucrânia ou serem parte das Forças Armadas da Rússia.
A iminente autorização aos atletas russos para competirem como neutros já vinha gerando fortes críticas na imprensa europeia e norte-americana, aliados da Ucrânia na guerra.
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