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Brasil perderá vaga olímpica conquistada no Pan no adestramento

O Brasil vai perder a vaga olímpica no adestramento conquistada pelos Jogos Pan-Americanos. Isso significa que, em vez de levar uma equipe com três conjuntos, e até um reserva, o país terá direito a um único representante, muito provavelmente João Victor Oliva. A situação é a mesma que já tirou a equipe brasileira de Tóquio-2020.

Entre os critérios de elegibilidade está que um país precisa ter três atletas diferentes com índice técnico até 31 de dezembro do ano anterior, alcançando o "Certificado de Capacidade do País". A regra existe para que a Olimpíada não tenha conjuntos com nível muito inferior a um piso, e para que o país que herdar a vaga tenha o primeiro semestre todo para se organizar.

O Brasil já tinha, desde antes do Pan, dois cavaleiros com índice técnico: João Victor e Renderson Oliveira (leia um perfil dele aqui). A busca por um terceiro classificado passava por um evento internacional de quatro estrelas promovido entre os dias 8 e 10 de dezembro, em Itu, no Haras Rocas do Vouga, da família Tavares de Almeida, que tem três filhos entre os concorrentes.

Ali, Victor Trielli Ávila, montando Corsário IGS, atingiu pela primeira vez o índice técnico, conhecido pela sigla MER, mas há a exigência de que ele seja repetido até 31 de dezembro. Mas não há tempo hábil para o conjunto voltar à pista até lá, uma vez que não há outra competição de mais de três estrelas no Brasil.

Os irmãos Pedro, Luiza e Manuel Tavares de Almeida chegaram a competir na Europa e nos EUA no segundo semestre, mas não chegaram perto do índice mínimo de 67%. No começo do mês. Pedro fez 63,650%. Manuel, no fim de novembro, não chegou a 61%.

Assim, o país terá direito a levar somente um conjunto para os Jogos de Paris, muito provavelmente João Victor Oliva montando Escorial. No Pan, com Feel Good Vo, seu animal "reserva", o cavaleiro alcançou a melhor performance da carreira, de um nível que o coloca cotado para ser top 10 das Olimpíadas.

Apesar da incerteza sobre a vaga, que dependia desse índice técnico, o COB computou ela para chegar à conta de 40 atletas classificados a Paris pelo Pan. Sem o adestramento são 37. As equipes de saltos e CCE, em contraponto, já tinham atingido os índices individuais necessários quando garantiram suas vagas por equipes. Por isso, estão asseguradas em Paris com três conjuntos, mais um reserva.

Reportagem

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