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Racismo: Argentino do Minas é suspenso do NBB por 10 partidas

A Comissão Disciplinar da Liga Nacional de Basquete (LNB) suspendeu por 10 jogos o armador argentino Nícolas Copello, do Minas Tênis Clube, por racismo. Ele é acusado de — e foi condenado por — ter chamado Matheus Santos, o Buiú, de "negro de merda" durante partida do NBB. Copello pode recorrer.

O ato de racismo aconteceu ao final do jogo entre o Minas e o Brasília Basquete, de Buiú, na ArenaBH, há duas semanas. Após a partida, a vítima se dirigiu a uma delegacia próxima para abrir um boletim de ocorrência contra Copello. O episódio gerou um tumulto no final da partida.

Ontem (19), a Comissão Disciplinar, primeira instância da justiça desportiva, condenou Copello à pena máxima prevista no artigo 243-G do Código de Justiça Desporitva: "Raticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, (...)". Além dos 10 jogos, ele deve pagar multa de R$ 8 mil.

O julgamento, realizado em plataforma virtual, durou quase cinco horas e incluiu outros três acusados por causa do tumulto ao fim do jogo, iniciado como reação de parte do elenco do Brasília ao relato de Buiú de que ele havia sido vítima de racismo.

Ítalo Bonizioli, que mais acintosamente tomou as dores do colega, levou um jogo de suspensão, convertido em advertência. Gemerson, do Minas, foi absolivdo. Já o Minas Tênis Clube foi condenado em multa de mil reais por "Deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento do regulamento".

Buiú está em sua primeira temporada pelo Cerrado, depois de ser um dos destaques do Paulistano no bicampeonato da Liga de Desenvolvimento. Foram quatro temporadas como reserva do clube paulista até chegar à equipe de Brasília, onde tem média de 10,7 pontos e e quatro assistências por partida, após 12 rodadas.

Duas semanas após o episódio de racismo, o Minas não anunciou nenhuma medida interna contra Copello, que não atuou contra o Pinheiros, no fim de semana. O argentino chegou esta temporada ao basquete brasileiro e tem média de 5,9 pontos e 3,4 assistências no NBB.

Reportagem

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