O sabor agridoce de uma prata importante para Hugo Calderano
Hugo Calderano conquistou, neste domingo (28), um dos troféus mais importantes da carreira: o de vice-campeão do WTT Star Contender Goa, na Índia, que pode ser equiparado a um Masters 1000 do tênis. A derrota na final, porém, deixa um gosto agridoce na campanha.
Esta foi a segunda final do brasileiro em um evento do tipo. Na primeira, em Doha (Qatar), em 2021, ele foi campeão. Desde então, até venceu etapas do circuito em Tunis (Tunísia), Doha, Durban (África do Sul) e Mascate (Omã), mas elas pontuam menos no ranking mundial do que a prata de hoje.
O vice-campeonato é, portanto, um resultado importante, dos maiores da carreira do brasileiro. Mas acaba por derrubá-lo no ranking mundial, uma vez que será ultrapassado pelo francês Felix Lebrun, 17 anos, seu algoz na decisão.
Campeão europeu no ano passado, Lebrun deve assumir o sexto lugar do ranking mundial, deixando Calderano em sétimo. Faltando seis meses para os Jogos Olímpicos de Paris, essa disputa é importantíssima.
A Olimpíada tem quatro cabeças de chave que não se enfrentam até as semifinais. Dois deles fatalmente serão chineses, e a briga por ser o terceiro e o quarto é também a briga por escapar dos mesa-tenistas da China até a disputa por medalhas. O terceiro posto, que por muito tempo foi de Calderano, agora pertence ao francês Lebrun, que já havia o vencido na Turquia, no ano passado. Hugo agora é o quarto dessa lista, com pouca vantagem sobre o quinto.
Em Goa, o brasileiro venceu o alemão Dimitrij Ovtcharov, 12º do ranking, na semifinal, vingando-se da derrota em Tóquio, e antes havia batido o sul-coreano Lim Jonghoon (18º) e o sueco Anton Källberg (17º). Uma campanha de primeiro nível, portanto.
Mas, na final, ele voltou a sofrer uma virada, como já havia acontecido no Finals, quando perdeu do nigeriano Quadri Aruna na primeira rodada. Naquele jogo, abriu 2 a 0, chegando a ter parcial de 11/2, e não conseguiu fechar. Hoje, novamente fez 2 a 0, chegou a levar 11 a 0 no quinto set, e foi batido por 4 a 2.
Opinião
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