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Morre Lúcia Faria, primeira grande amazona brasileira

Morreu nesta segunda-feira (29), aos 78 anos, a primeira grande amazona do Brasil. Lúcia Faria Alegria Simões, conhecida no esporte como Lúcia de Faria, disputou os Jogos Olímpicos de 1968, no México. Terminou a competição individual de hipismo saltos em sétimo lugar, um resultado que levaria quatro décadas para outra brasileira alcançar.

Ainda que o hipismo seja um esporte misto, em que homens e mulheres competem uns contra os outros em igualdade de condições, foram poucas as amazonas brasileiras que conseguiram espaço para chegar aos Jogos Olímpicos: desde Lúcia de Faria, só outras seis.

Depois do ótimo resultado na Cidade do México, Lúcia se mudou para a Europa, e ajudou a começar a construir uma história vitoriosa do hipismo brasileiro no Velho Continente. Ajudou o Brasil a ganhar uma Copa das Nações no mesmo ano, em um time que também tinham os históricos José Roberto Reynoso Fernandez e Nelson Pessoa, e foi campeã de provas importantes como o GP de La Baule.

A paixão pelos cavalos começou na infância na fazenda de um tio, em Petrópolis (RJ). Lúcia era sócia da Sociedade Hípica Brasileira no Rio, desde 1955, quando tinha 10 anos. Em 1976, aos 32, casou-se com o também cavaleiro olímpico Antonio Alegria Simões, passando a usar os sobrenomes dele.

Ao fim da carreira como amazona, passou a trabalhar como desenhista de percursos de hipismo, cargo conhecido como course-designer. Ela deixa o marido e dois filhos.

Reportagem

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