Caio Souza recebe alta após cirurgia e diz estar 99% pronto para voltar
Chegou, enfim, o dia 4 de fevereiro. Foram exatos seis meses de espera para Caio Souza, desde o "dia 1", o da cirurgia no tendão de Aquiles do pé esquerdo. Agora, está encerrado o prazo de recuperação, segundo a literatura médica. A partir de hoje, o ginasta mais completo do Brasil está de alta.
Sem tempo a perder, Caio já está escalado para voltar a competir entre 15 e 18 de março, em uma mega Copa do Mundo no Cairo (Egito), a primeira de um circuito de quatro etapas que valem duas vagas olímpicas por aparelho. "Estou 99% pronto, já, para o ano, para essas Copas. Faltam alguns dias, mas estou bem, pronto para o que precisar", disse ele ao Olhar Olímpico, por telefone, na sexta (2).
Quando Caio Souza se machucou, o plano era o Brasil classificar a equipe às Olimpíadas pelo Mundial. Mas o time sentiu a falta dele e não conseguiu a vaga. Garantiu apenas a presença em Paris de Diogo Soares, pelo desempenho no individual geral, e uma vaga de consolação, que será ocupada a critério da comissão técnica da seleção.
Uma terceira credencial pode ser conquistada por esse circuito de Copas do Mundo, que se tornou prioridade para a ginástica masculina brasileira. Serão quatro concorrentes: Arthur Nory, somente na barra fixa (ele sente incômodo no joelho e vai se concentrar onde tem mais chances), Yuri Guimarães no solo e no salto e Bernardo Miranda fará cavalo com alças e barras paralelas.
Já Caio Souza, nesse retorno, vai competir na barra fixa, nas barras paralelas e nas argolas. Três aparelhos em que é possível treinar sem apoiar o pé no chão. Por causa da lesão, não pôde treinar adequadamente o salto, onde teria boas chances de faturar a vaga olímpica. "Ainda não pude treinar saltos. Comecei a treinar a correr, bater no trampolim, no final de dezembro para início de janeiro. Não tive tempo para treinar. Mas isso não vai ser empecilho", avisa.
Nos três aparelhos em que disputará a vaga olímpica, Caio promete apresentar suas séries mais difíceis, e demonstra confiança. "Minhas três séries têm notas altas de partida perto do mundo. Já são séries bem difíceis. Não vão ter mudanças, não tive tempo para treinar coisas novas, mas são séries fortes mundialmente." Em execução, segundo ele, as notas podem ser ainda maiores do que vinha tirando.
Caio não compete desde a Copa do Mundo da Croácia, em junho do ano passado. Na ocasião, foi ouro na barra fixa (14,300), prata no salto (14,683) e bronze nas argolas (13,933) e nas barras paralelas (14,533).
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