Calderano rasga elogios a seu mais novo rival: 'Acerta até dormindo'
Hugo Calderano tem um novo rival na disputa pelo posto de melhor não-oriental do tênis de mesa. Felix Lebrun tem só 17 anos, mas já é o sexto do ranking mundial, primeiro abaixo dos chineses. No fim de janeiro, venceu o brasileiro na final do WTT Star Contender de Goa, na Índia. Em oito meses, já é seu terceiro título relevante no circuito.
"Ele tem um volume de jogo muito alto, dificilmente comete erros não forçados, acerta esse backhand até dormindo. Começou a treinar com dois anos. Nível técnico muito alto, é difícil manter assim. Ele tem um jogo muito difícil, o saque dele é um dos melhores do mundo. Se você não é jogador do top 20 do ranking mundial é quase impossível você receber bem o saque", analisou Calderano, em papo com jornalistas.
Os dois se enfrentaram duas vezes, com duas vitórias para o francês. A primeira em Antalya (Turquia), no ano passado, com 3 a 0 para Lebrun. A segunda agora, quando Calderano até venceu os depois primeiros sets, mas depois sucumbiu, chegando a levar um pneu (11 a 0) em um set.
"Eu consigo compensar na intensidade que coloco, na parte mental, na hora de ganhar um ponto aqui outro ali, mas tenho que trabalhar para conseguir competir com os melhores jogadores mais tempo na parte técnica. Tenho que ficar no meu 100% para jogar nesse nível, ele parece que pode jogar nesse nível por 6 horas seguidas."
Obstinado, Calderano tem se preparado não só para enfrentar Lebrun, como para conseguir bater de frente com os chineses. Com o vice em Goa, o brasileiro agora é o sétimo do mundo, atrás de cinco chineses e do próprio francês, que o ultrapassou no ranking.
A campanha na Índia, porém, deixou o brasileiro feliz. "Claro que fica o gosto amargo de não ter conseguido vencer essa final, mas não tinha jogado tão bem havia bastante tempo como joguei neste torneio."
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